Hebert West – Reanimator | Resenha

Hebert West – Reanimator, escrito por H. P. Lovecraft, é um conto dividido em 6 partes, com a primeira parte publicada em 1922, na revista Home Brew, sendo republicada na Weird Tales, em 1942. O conto já ganhou uma adaptação cinematográfica, lançada em 1985, intitulada “Re-Animator“.

A história se passa aos olhos de um personagem não identificado, melhor amigo e assistente do Dr. West. Tudo que sabemos dele é que conheceu Hebert West na Escola de Medicina da Universidade Miskatonic, em Arkham. A universidade Miskatonic é famosa nos contos de Lovecraft, sendo citada em vários contos, como “A Sombra Vinda do Tempo“, “A Cor que Caiu do céu” e “O Horror de Dunwich“. Os experimentos de West eram um tanto peculiares, começando por experimentos com animais mortos, e terminando com tentativas de reviver humanos.

Lovecraft sempre deixou explícito que detestava esse conto, fazendo-o apenas pelo dinheiro, já que sua condição econômica não o permitia ir contra o pagamento. Mesmo com Lovecraft detestando, a massa adorou, sendo até descrito como um conto para “alimentar as massas com calafrios”, inclusive ganhando 2 sequências para o filme “Re-Animator”, que foi uma adaptação da obra “Lovecraftiana”.

SPOILER ALERT!!!

Esse conto é a minha obra favorita de Lovecraft, sendo a minha abordagem favorita sobre os mortos-vivos. Lovecraft conseguiu passar a dificuldade que é reviver uma pessoa, precisando de um corpo ainda fresco. Ao passar do tempo, vemos como o Dr. West vai enlouquecendo, e o ápice disso é quando ele mesmo mata um rapaz para realizar seus experimentos. 

O conto contém trechos impecáveis, como quando o narrador da história contesta o que aqueles seres teriam visto enquanto estavam mortos, o que te faz pensar no motivo pelo qual todos os seres que voltaram da morte estarem loucos, nem tanto pelo fato deles verem coisas inimagináveis no pós-vida, mas sim pela sensação de morrer. Temos uma cena assim quando o homem, que West mata, volta a vida: Ele acorda insano, lutando contra a morte.

Pois aquele cadáver fresco, convulsionando finalmente em completa e aterrorizante consciência, cujos olhos estavam dilatados pela memória de sua última cena na terra, lançou suas mãos frenéticas em uma luta de vida e morte com o ar; e, colapsando subitamente em uma segunda e final dissolução da qual não haveria mais volta, emitiu os gritos que soariam em meu cérebro dolorido: 

“Ajudem-me! seu pequeno demônio maldito de cabeça amarela — mantenha essa maldita agulha longe de mim!”

 

 

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Trick Sousa

Um jovem padawan procurando seu caminho no mundo. Escrevo minha história como H.P Lovecraft escrevia sobre monstros indescritíveis; e ilustro minha vida como Alex Ross da vida aos seus quadrinhos.

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