Papo rápido – Insônia, Paciência, Slam Dunk, Better Call Saul e Rock and Roll!

O Papo Rápido é uma nova coluna na qual falarei um pouco sobre coisas que eu tenha lido, ouvido ou assistido nos últimos tempos. Conversas rápidas e reflexões aleatórias sobre obras da cultura pop. Como sempre, essa coluna não vai ter periodicidade definida, então vamos ver no que vai dar! rs

Insônia – Cristopher Nolan

Ainda não tinha visto este filme, mas como planejamos gravar um cast sobre o Nolan em breve estou assistindo a todos os seus filmes. Este era o que faltava e tive um arrependimento ao terminar de vê-lo: Devia ter feito isto antes!

Se vocês acompanham o Justiça Geek há algum tempo deve saber que sou muito fã de Al Pacino e neste filme ele está espetacular. Se você não sabe nada sobre a história, basicamente ocorre um assassinato peculiar de uma adolescente em uma cidade do Alasca e uma dupla de detetives, entre eles Will (o personagem de Al Pacino), é chamada para investigar o caso devido à sua vasta experiência. Durante uma perseguição ao assassino, Will atira acidentalmente em seu parceiro, mas consegue um álibi inesperado através da própria polícia. A investigação continua, com a polícia ainda mais motivada a capturar o assassino, ao mesmo tempo que o incidente envolvendo Pacino e seu parceiro é investigado e o personagem não consegue dormir pois a cidade é assolada pelo fenômeno conhecido como sol da meia noite.

As cenas envolvendo Pacino e Robin Williams, o assassino, são simplesmente sensacionais, um show de atuação de duas lendas do cinema. Nolan exibe todas as suas características, seja nos personagens com problemas, uma narrativa quebrada com pontos não lineares, uma fotografia escurecida, a exibição de acontecimentos paralelos próximo ao final do filme, a filmagem pelo ponto de vista do personagem, etc. Se você ainda não viu, eu super recomendo.

Paciência – Daniel Clowes

É difícil fazer histórias sobre viagens no tempo que sejam convincentes ou que ao menos não apresentem graves incongruências durante a trama. De cabeça, citaria apenas De Volta Para o Futuro como um bom exemplo e mesmo ele tem problemas em suas explicações. O mais recente trabalho de Daniel Clowes, Paciência, pode também ser citado como um bom exemplo.

Claro, a história não é só sobre viagens no tempo – na verdade esse é um elemento na narrativa -, mas sim sobre relacionamentos e autodescobrimento. Não vou falar muito sobre a trama pois qualquer revelação pode acabar entregando a experiência, mas digo que você deveria ler pois o quadrinho traz reflexões muito contundentes sobre o comportamento humano. A arte tem uns momentos psicodélicos e soluções narrativas inventivas. A história ganhou o Eisner e vai estar em tudo quanto é lista de melhores lançamentos deste ano, porém tem um ponto negativo: o final não atende às expectativas.

Better Call Saul

Minha pergunta é: Por que ninguém está falando sobre esta série? Recentemente foi exibido o último episódio da terceira temporada e vi pouca repercussão nas redes sociais. É estranho que o spin off de uma série extremamente elogiada, no caso Breaking Bad, não tenha tanta repercussão.

A série possui a mesma qualidade de produção de Breaking Bad, com uma belíssima fotografia, personagens cativantes e atuações magistrais. Saul era meu personagem favorito em Breaking Bad e é muito recompensador assistir uma série que o tem como protagonista e que possui qualidade. Bob Odenkirk, o interprete de Saul, está sensacional. O cara está merecendo um Emmy faz tempo.

Slam Dunk – Takehiko Inoue

Eu gostava bastante de Super Campeões quando era criança. Um Anime de esporte era coisa pouco comum no meio de tantos Shonens que passavam na TV, mas eu achava muito bacana acompanhar a jornada de Oliver Tsubasa para se tornar um jogador de futebol profissional.

Bem, talvez minha afeição ao Anime fosse porque eu gosto de futebol, mas e Basquete? Bem, já assisti a um jogo ou outro mas nunca fui um aficionado por este esporte. Então o que eu poderia ver em Slam Dunk, um mangá que mostra a jornada de um estudante do colegial japonês que se torna jogador?

Este é o ponto, Slam Dunk não é só um mangá sobre o esporte mas sobre os personagens, que são muito bacanas. A arte de Takehiko Inoue, o mesmo do sensacional Vagabond, está muito caprichada e o roteiro dele é divertidíssimo. Sério, dei muitas risadas enquanto lia o primeiro volume. Já estou com os outros 4 lançados pela Panini em mãos e vou tentar agilizar a leitura para poder falar um pouco mais sobre aqui no site.

Tattooed Millionaire – Bruce Dickinson

Você conhece a carreira de Bruce Dickinson fora do Iron Maiden? Se não, recomendo fortemente que você ouça todos os discos que ele lançou fora da Donzela de Ferro. Se for pra escolher um para começar, ouça Tattooed Milionaire.

A influência hard Rock é explícita nesse disco, que pouco lembra o trabalho dele com o Maiden. Destaco Born in 58, Tattoed Millionaire, escrita como uma crítica ao baterista do Motley Crue, Tommy Lee, e o cover de David Bowie, All The Youg Dudes. Trilha sonora que anima qualquer um.

E chega ao fim o primeiro texto da nossa nova coluna. Você tem algo que gostaria de comentar sobre? Deixe aí nos comentários, vamos trocar ideias e recomendações. Até a próxima!

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Lucas Araújo

Programador, estudante de TI e co-fundador do Justiça Geek. Fanático por quadrinhos, aficionado por filmes e séries, leitor faminto, gamer esporádico e músico (muito) frustrado. Gosta de falar sobre tudo isso em seu tempo livre(ou até mesmo quando não está tão livre...), debatendo questões essenciais para a humanidade como quem vence um crossover entre super- heróis, qual é seu escritor favorito e se um filme foi bem feito.