Recomendação da semana- Star Fox Zero

De volta a mais um texto da nossa coluna “Recomendação da semana”, na qual os colaboradores do Justiça Geek se revezam para fazer uma recomendação de algo interessante que tenham consumido nos últimos tempos seja uma HQ, um livro, um filme, uma série, um jogo etc.Essa semana venho lhes recomendar este clássico, oriundo dos anos 90 e que segue uma regra básica desde então: time em que se ganha não se mexe! Nas vezes que se mexeu, o título perdeu sua identidade, caso muito discutido em Starfox Adventures e Starfox Command, ambos para o Nintendo Game Cube.

Desta vez temos um legítimo Star Fox, uma verdadeira aventura, um Reboot de todos os jogos lançados até hoje. Essa reimaginação você Leitor pode comprovar logo em seus primeiros minutos, pois comprovará que as vozes originais foram mantidas, inclusive com alguns diálogos clássicos. Não me alongarei, pois tenho certeza que essas surpresas são agradáveis e marcantes, principalmente aos fãs das antigas de Fox e Cia.

Ainda na parte sonora, percebe-se um cuidado igualmente dado aos diálogos, com efeitos que se não perfeitos, se encaixam muito bem a proposta do jogo. As músicas sim, essas sofreram uma mutação, foram orquestradas ou sintetizadas com muito cuidado e muito esmero, uma versão final do que já ouvimos em edições anteriores de Starfox.

Graficamente o jogo é muito bonito, pois você de fato sente estar no espaço ou em algum planeta e suas variáveis de ambientes, indo de bases militares, florestas, zonas urbanas, fendas no espaço, enfim, a variedade é espetacular e condizente com a proposta do jogo. Além do convencional, a Nintendo colocou uma segunda variante no Gamepad, que é a visão do Cockpit, que resumidamente é deslumbrante. Em poucas palavras, essa segunda opção de visão em tempo-real, serve para atingir objetivos de forma certeira, pois nesta câmera, a mira é bem mais técnica, precisa melhor dizendo, uma Sniper para os “manjadores”.

Agora devo voltar ao terceiro parágrafo, mais especificadamente na primeira frase, pois preciso justificar a crítica feita aos efeitos. O Gamepad tem papel fundamental, não apenas na jogabilidade, mas nos diálogos e alguns efeitos da nave. É um Surround caseiro digamos, no qual funciona muito bem, dando mais ênfase ainda que de fato está pilotando sua Airwing. Minha crítica no entanto fica apenas na parte de opções, ou seja, se você quer jogar apenas com os sons do jogo na TV, principalmente quando se está ligado a um Home-Theater. Não dá, nisso você acaba por ter que jogar com duas variantes de sons (os sons agudos do Gamepad e os sons encorpados do sistema de som) e acaba perdendo a imersão proposta pelo Miyamoto, uma pena.

Em jogabilidade, a mesma crítica, pois apesar de tudo fluir muito bem, sem bugs, sem problemas de câmera e com uma vasta diversidade de veículos a serem controlados, você não tem possibilidade de jogar sem ser no motion. O máximo que se consegue é jogar parcialmente com analógicos e motion. Mesmo assim, tenho certeza que depois de se sentir confuso nos primeiros minutos de jogo, não vai querer outra coisa, pois os comandos funcionam muitíssimo bem, sem exageros nos movimentos e com excelente precisão. Mesmo assim, caso perca a mira, basta apertar “Y” que a sincronização volta instantaneamente.

Durabilidade, quem vos escreve salvou em 5 horas, mas o simples fato de terminar o jogo não quer dizer nada. Além do jogo em si, você terá 19 caminhos a percorrer, mais de 70 medalhas escondidas nestas fases para pegar, mais de 15 missões extras para jogar (são desbloqueadas com essas medalhas), um modo Arcade que remete muito bem os jogos antigos, enfim, jogo para mais de 15 horas, certamente. Por isso mesmo recomendo sem medo essa nova aventura de Fox McCLoud, Falco, Peppy e amigos, para novos fãs e para os antigos, pois esses verão que finalmente a história riquíssima e suas possibilidades no seu desenvolvimento estão com forma e sem buracos.

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Leandro

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