Resenha: Coleção Histórica MARVEL: O Homem-Aranha – Volume 1

Olá, galerinha do Justiça Geek! Este que vos fala é o Ricardo, e aqui se inicia a primeira resenha da nossa série de posts acerca da Coleção Histórica Marvel!

Diferente do Lucas Felipe, eu não tenho experiência alguma nesse tipo de trabalho, portanto peço a paciência e compreensão de vocês, e críticas e sugestões ao meu trabalho serão sempre bem-vindas, pois desejo aperfeiçoar minha técnica para poder entregar sempre o melhor conteúdo a nossos leitores!

Bom, chega de conversa mole e vamos ao que interessa!

COLEÇÃO HISTÓRICA MARVEL: O HOMEM-ARANHA – VOLUME  1

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Para abrirmos essa série, escolhi iniciar por aquele que pode ser considerado o personagem mais popular da Casa das Ideias (apelido da editora Marvel): o cabeça-de-teia, o Amigão da Vizinhança – O HOMEM-ARANHA! (nesse momento me veio em mente a voz do narrador no final da abertura da animação dos anos 90! A nostalgia é mais de 8 mil!)

Antes de mais nada, uma pequena prévia do personagem:  Criado em 1962 pelas mentes e mãos brilhantes de Stanley Lieber (nosso bom-velhinho mais conhecido como Stan Lee) e Steve Ditko, Peter Parker (alter-ego do Aranha) foi apresentado inicialmente na revista Amazing Fantasy #15 (cuja capa clássica que já foi alvo de diversas paródias/homenagens ao longo das décadas).

O que muitos não sabem é que o heroi por pouco não foi vetado pelo então editor Marvel Martin Goodman: afinal, como um protagonista vinculado a um animal que tantas pessoas tem aversão poderia fazer sucesso? Mas vencido por Stan, Goodman liberou a publicação – para nossa alegria!, pois com isso deu-se início à trajetória de um dos personagens mais carismáticos dos quadrinhos. O segredo do sucesso? Por baixo da máscara, havia um adolescente, assim como seu público-alvo, que precisava lidar com os problemas da escola, de casa com uma tia frágil, e ainda enfrentar super-vilões.

Por falar em vilões, a primeira CHM (abreviação de Coleção Histórica Marvel) vem tratar daquele que viria a ser a nêmese do rapaz de collant azul e vermelho: O DUENDE VERDE!!!

Esse volume compila diversas edições clássicas importantes para a construção do vilão, como sua primeira aparição na edição Amazing Spider-Man #14. Nessa história, logo de cara somos apresentados a dois dos principais equipamentos do vilão: sua vassoura voadora (que na sua próxima aparição nos quadrinhos se tornou um planador morcego) e seus raios mortais, disparados da ponta de seus dedos.

A próxima edição é a Amazing Spider-Man #17, onde o Duende Verde retorna para enfrentar o Amigão da Vizinhança e o Tocha Humana do Quarteto Fantástico, dando a primeira amostra de que não era um vilão qualquer ao enfrentar esses heróis de peso simultaneamente.

Vemos então que a ambição do Duende Verde não tem limites, ao desejar se tornar o rei do mundo do crime em Nova York, na edição Amazing Spider-Man #23.

Nas edições #39/#40, John Romita assume a arte da revista e, nessa história épica, o Duende neutraliza o sentido-aranha e consegue descobrir a identidade secreta do heroi, raptando-o e – – tomado de arrogância, arrogância esta que sempre foi seu ponto fraco – revelando sua identidade para Peter Parker: nada menos que NORMAN OSBORN! Sim, o pai de Harry Osborn, colega de classe do Aranha! (que viria a ter grande impacto na vida do heroi, o que você pode conferir com mais detalhes aqui).

Só então nos é apresentada a origem do vilão: um cientista viúvo e pai ausente na vida do filho, Norman Osborn sempre foi um homem obcecado por poder. Em uma de suas experiências, desenvolveu o Soro do Duende, que acidentalmente explodiu e deu a ele força, inteligência e resistência sobre-humanas, bem como um quadro de insanidade e esquizofrenia. Uma batalha feroz se segue, culminando num acidente que faz com que Norman se esqueça da sua identidade de Duende Verde…

Por enquanto, pois em Amazing Spider-Man #121 e #122 (Roteiro por Gerry Conway e arte de Gil Kane), o sr. Osborn surta ao ver as ações de sua empresa despencando e seu filho Harry Osborn acamado por conta de uma overdose de LSD, culminando em alucinações e no retorno da personalidade do Duende Verde! Agora, novamente ciente da identidade secreta do Aranha e culpando Peter Parker pelas desgraças ocorridas em sua vida, Norman elabora a armadilha definitiva: sequestra o grande amor da vida do rapaz, Gwen Stacy, e em meio a uma batalha na ponte George Washington, o Duende derruba a jovem inconsciente rumo à morte, de modo que nem nosso heroi é capaz de salvá-la. Como se não pudesse piorar, além de perder sua companheira, as autoridades locais por anos julgariam o cabeça-de-teia como o culpado da morte da moça. Sedento por vingança, o heroi parte numa busca implacável atrás do criminoso, que se encerra com o Duende Verde causando sua própria morte numa tentativa frustrada de eliminar o Aranha.

A morte de Gwen Stacy é um episódio marcante na história do Homem-Aranha, e possivelmente até mesmo no universo dos quadrinhos em geral, já que, apesar de os quadrinhos serem conhecidos por não manterem personagens importantes mortos por muito tempo, a jovem Stacy jamais retornou do mundo dos mortos. Recentemente, foi criada uma nova personagem, a Spider-Gwen, porém essa não é a mesma Gwen, tendo vindo de uma realidade alternativa, mas aí já é história para outro post!

Como se não bastasse, essa história foi utilizada como referência para o filme Spider-Man (Homem-Aranha) de 2002 – sim, aquele com o Tobey Maguire e direção do Sam Raimi, e que recebeu duas indicações ao Oscar; um precursor para os filmes de super-herois – , e para o filme mais recente do personagem: The Amazing Spider-Man 2, lançado em 2014 (no Brasil chamado de “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”).

Concluindo: essa CHM Homem-Aranha vol. 1 é indispensável a todos os fãs do Homem-Aranha, contendo diversos momentos de destaque na vida do heroi e contribuindo para a construção do universo do heroi! Nível de recomendação altíssimo, indispensável em qualquer coleção!

Ficha Técnica

Editora: Marvel Comics / Panini Comics
Ano de Lançamento: 2013
Edições contempladas: The Amazing Spider-Man #14, #17, #23, #39, #40, #121 e #122
Páginas: 164
Preço de capa: R$ 22,90
Onde encontrar: Livrarias e lojas especializadas, ou no site da Panini

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Ricardo Sousa

Programador Mobile, comediante falho e co-fundador do Justiça Geek. Fissurado pelo mundo da fantasia e especificamente dos quadrinhos, acha que o mundo real é monótono demais e gostaria de ter superpoderes. Entretanto, o único superpoder que possui é o de fazer piadas extremamente infames, a ponto de tirar os amigos do sério e quebrar o medidor “prassômetro”. Além disso, vive se surpreendendo com os mistérios da mente humana, e encontra nos quadrinhos todas as metáforas e exemplos de vida que precisa para viver bem.

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