O que rolou na primeira edição do Nerd Nation!

No último Sábado, dia 16 de Setembro, rolou o Nerd Nation, evento organizado por uma parceria entre a Comic Boom, o Distopia Cast e o pessoal do Tênis Clube Paulista (que sediou o evento). Eu e o Ricardo estivemos por lá e agora vou falar um pouco sobre o que aconteceu por lá.

Vocês devem se lembrar do Amigos e Quadrinhos, evento que também era co-organizado pelo pessoal do Distopia Cast. O Nerd Nation seguiu um formato parecido com painéis sobre diversos assuntos da Cultura Pop, concurso de cosplayers, estandes de lojistas e um mini Artists’ Alley.

O espaço no qual aconteceu o evento era razoavelmente grande e os organizadores souberam aproveitá-lo, pois os estandes estavam bem distribuídos e era bem fácil andar pelo evento, nada de tumulto ou dificuldade de locomoção nos corredores. Entre os lojistas que compareceram ao evento estavam o Comic Hunter, com muitos quadrinhos disponíveis, As Baratas, com excelentes camisetas, e é claro a Comic Boom, com bons descontos e materiais que não se encontram mais em lugar nenhum.

A Comic Boom estava com descontos bacanas em muitos materiais.

Na parte dos artistas grandes nomes do mercado nacional, e até internacional, marcaram presença. Paulo Crumbim e Cristina Eiko, autores de Penadinho – Vida e Quadrinhos A2, Rod Reis, desenhista e colorista conhecido por trabalhos como Aquaman (em parceria com Ivan Reis e Joe Prado) e a recente e polêmica saga da Marvel Império Secreto, estavam autografando e fazendo sketchs para os fãs. Sam Hart, desenhista inglês que mora no Brasil, também marcou presença e foi bastante procurado devido ao recente lançamento de Atômica pela editora Darkside, HQ que inspirou o filme de Charlize Theron (e sobre a qual comentarei mais detalhadamente em outro texto). Ainda tivemos também a presença da editora Draco com seus mais recentes lançamentos e de outros autores do cenário nacional.

Sam Hart tinha uma das mesas mais movimentadas devido ao recente lançamento de Atômica.

Dentre esses artistas, aquele com quem mais conversei foi Rod Reis. Batemos um papo sobre os trabalhos dele, a transição de colorista para artista e os planos futuros. Ele me disse que está bem feliz na Marvel e com a valorização que a editora está proporcionando para seu trabalho, visto que ele já teve uma série de capas próprias na editora e que recentemente escreveu a principal saga da editora no ano. Perguntei sobre personagens com os quais ele gostaria de trabalhar e ele mencionou que acha a iniciativa Young Animal da DC muito interessante pois traz o clima da Vertigo clássica de volta. Ele disse que fazer uma série do Constantine neste selo seria bem legal.

Rod Reis estava fazendo sketchs fantásticos por um preço bem acessível.

Nos painéis houveram bate papos sobre diversos assuntos, de quadrinhos à séries de TV, e com diversos youtubers de quadrinhos como convidados. Vinicius do 2Quadrinhos, Gabriel Gnann do Entretenimento Ácido, Fernando Bedin do Central HQs e o pessoal do Pipoca e Nanquim foram alguns dos convidados. Os editores da Panini, Levi Trindade e Carol Pimentel, também marcaram presença e falaram um pouco sobre os planos da editora e futuros lançamentos.

Aliás, a conversa com os editores foi um dos pontos altos do evento. Eles esclareceram os problemas referentes a distribuição de quadrinhos e o novo modelo que a Panini está seguindo, prometendo ser mais eficiente. Também ficamos sabendo que 2018 é um ano que promete na parte de lançamentos e relançamentos. Aguardem por Justiceiro Max de Garth Ennis, Mestre do Kung Fu, O Monstro do Pântano de Alan Moore em papel LWC e um lançamento que o Levi disse que não poderia comentar muito pois o contrato ainda não está assinado, mas deu uma pista: Começa com uma letra pouco usada aqui no Brasil e, na opinião deste redator, também envolve Zumbis e uma famosa série de TV, segundo o que ouvi de pessoas envolvidas no meio editorial. Mas deixo claro que esse é apenas um palpite e os editores NÃO confirmaram nada.

Levi Trindade, Carol Pimentel e Felippe Powell(Distopia Cast) comentaram sobre os próximos lançamentos da Panini.

Pontos negativos? Bem, o evento se saiu muito bem no que se propôs a fazer. Uma questão que sempre critico, o alto preço de alimentos, não aconteceu no evento já que a lanchonete localizada dentro do local apresentava preços muito honestos. Talvez como ponto a ser melhorado nas próximas edições pode-se destacar os equipamentos de som utilizados nas palestras, mas nada que tenha prejudicado a experiência.

É importante que iniciativas como o Nerd Nation sejam incentivadas pois são excelentes pontos de encontro para amantes da Cultura Pop. Espero que o evento cresça cada vez mais e estou curioso para ver o que os organizadores estão planejando para as próximas edições, que eu recomendo que você não perca.

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Lucas Araújo

Programador, estudante de TI e co-fundador do Justiça Geek. Fanático por quadrinhos, aficionado por filmes e séries, leitor faminto, gamer esporádico e músico (muito) frustrado. Gosta de falar sobre tudo isso em seu tempo livre(ou até mesmo quando não está tão livre...), debatendo questões essenciais para a humanidade como quem vence um crossover entre super- heróis, qual é seu escritor favorito e se um filme foi bem feito.