Nos dias 14 e 15 de abril rolou em São Paulo a edição 2018 do Festival Guia dos Quadrinhos, organizado pelo pessoal do site Guia dos Quadrinhos, um dos mais tradicionais eventos de quadrinhos do Brasil. O Ricardo e eu estivemos lá no sábado (dia 14) e agora vou contar um pouco sobre o que vimos no evento.
O evento aconteceu no Club Homs, localizado na Av. Paulista, e sempre é marcado por comemorações. Este ano, o evento procurou celebrar os 25 anos do selo Vertigo, originalmente capitaneado por Karen Berger e responsável por abrigar obras como Sandman, Hellblazer, 100 Balas, Y – O Último Homem, entre outras. Houveram painéis com grandes do mercado de quadrinhos, como Sidney Gusman, Leandro Luigi Del Manto, Cassius Medauar e Levi Trindade, discutindo a importância do selo. Além disso, houve o lançamento do Livro Vertigo – Além do Limiar, que contou com diversos artistas e jornalistas homenageando as diversas obras já lançadas pelo selo.
Como de costume, o evento costuma presentear seus visitantes com um quadrinho, marcador de páginas e uma coleção de cards de diversas capas de quadrinhos, este ano dedicados à Vertigo. Isso é bem legal e já demonstra que este é um evento diferente, que procura se aproximar de seu público e proporcionar um clima mais receptivo.
Diversos quadrinistas marcaram presença no evento e com isso você poderia conhecer novos trabalhos, comprar prints e pegar autógrafos em seus quadrinhos favoritos. Entre os nomes presentes no evento estavam Sam Hart, Raphael Fernandes, Felipe Folgosi, Cadu Simões, Carol Pimentel, Germana Viana e Joel Lobo. Como sempre comento, conversar com os artistas e conhecer novos trabalhos são a minha parte favorita desse tipo de evento.
É claro que grandes lojas de quadrinhos marcaram presença. Os amigos da Comic Boom estavam com excelentes descontos, com séries completas difíceis de serem encontradas atualmente. A Comix, como patrocinadora do evento, possuía um estande bem grande, com diversas opções de quadrinhos, ainda que sem muitos descontos. O pessoal do Comic Hunter também estava com uma grande quantidade de quadrinhos em seu estande, algumas raridades e a possibilidade de trocar quadrinhos como forma de pagamento. Bruno Zago, Daniel Lopes e Alexandre Calari, do Pipoca & Nanquim, também tinham mesa própria, na qual estavam vendendo os quadrinhos da editora deles (entre os quais: Pequeno Assassinato e Moby Dick) e também papeando sobre diversos assuntos do mundo nerd.
Haviam também lojas com outros focos, como action figures e camisetas, como a rede As Baratas, que você já deve conhecer. A editora Europa, responsável pela revista Mundo dos Super-Heróis, também tinha mesa própria e oferecia grandes descontos em seus produtos.
Como mencionei antes, diversos painéis ocorreram no auditório do evento, com debates entre grandes nomes do mercado sobre diversos temas. Essas sempre são boas oportunidades para conversar com esse pessoal e aprender mais sobre quadrinhos e seus bastidores.
A organização do evento merece elogios, pois era muito fácil andar pelo evento, as mesas estavam bem distribuídas e tudo era bem sinalizado, facilitando na hora de procurar algum artista específico. Esse é um dos pontos mais importantes em uma organização desse tipo, o que alguns eventos parecem esquecer.
Se você é um apreciador da Nona Arte assim como nós, o Festival Guia dos Quadrinhos é um evento indispensável. Cada ida ao Festival proporciona aprendizado e uma grande celebração aos quadrinhos. Já estou ansioso pela edição do ano que vem.
Lucas Araújo
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