Salve Justiceiros! Entre os dias 1 e 4 de Dezembro rolou em São Paulo a Comic Con Experience, evento que definitivamente entrou no calendário de todo nerd do país. Nossa equipe esteve lá no sábado, dia 3 de dezembro, e vamos falar um pouco sobre o que aconteceu por lá.
Antes de começar, devido ao evento ser muito grande, não conseguimos ver tudo que aconteceu. Neste texto focarei bastante no Artist Alley, já que foi onde passei a maior parte do evento, e haverá outro texto com um foco mais geral já que o Rafael conseguiu percorrer boa parte do evento e pode falar melhor sobre estandes e coisas do tipo. Chega de explicações e vamos ao que interessa!
A primeira coisa que notei ao entrar no evento foi que ele realmente cresceu. O que já era grande ficou maior ainda e isso condiz com o que os organizadores já estavam prometendo desde o início das vendas dos ingressos, já que o espaço físico aumentou em 85% desde a edição 2015 do evento(de 55 mil para 100 mil metros quadrados). Além de aumentarem o numero de atrações, a organização também aumentou o espaço nos corredores, o que tornou a locomoção pelo evento bem mais tranquila, principalmente no Artist Alley.
E por falar neste que é o meu lugar favorito do evento, grandes nomes nacionais e internacionais marcaram presença. Vitor Caffagi, Bill Sienkiewicz, Fabio Moon, Gabriel Bá, Paul Pope,Simon Bisley,Gustavo Borges,Cris Peter,Daniel HDR,Alan Davis,Mark Farmer e muitos outros artistas estavam presentes vendendo prints, dando autógrafos e vendendo artes exclusivas no Artist Alley. A logística da disposições de mesas nesse setor do evento foi bem inteligente pois grandes nomes ficavam nas esquinas dos corredores, o que ajudava na formação das filas e não atrapalhava a locomoção das pessoas. Além disso haviam muitos funcionários ajudando na organização e fazendo a tradução para que o público e os artistas estrangeiros pudessem se comunicar e também placas gigantes com o nome dos artistas e seus desenhos, o que tornava fácil localizá-los. Ponto positivo para a organização do evento.
Haviam também alguns quadrinistas que não estavam no Artist Alley mas no estande da Chiaroscuro, uma das empresas sócias do evento. Lá estavam presentes Ivan Reis, Danilo Beyruth, Marcelo Maiolo, Eddy Barrows, Joe Prado, além dos muito aguardados Frank Quitely e Brian Azzarello. Neste ponto é necessário fazer uma crítica ao evento. Para pegar autógrafos do Quitely e do Azzarello era necessário pegar uma senha que foi distribuída logo na abertura do evento. O problema é que isso não foi divulgado em lugar nenhum, o que prejudicou bastante gente que queria o autógrafo desses quadrinistas (eu incluso) e alguns funcionários do estande não sabiam informar sobre o assunto. Se não fosse pelo fato de Frank Quitely ser um artista super gentil e solicito com os fãs, eu não teria conseguido meu autógrafo. Faltou organização nessa parte.
É importante também ressaltar a presença de Frank Miller pelo segundo ano consecutivo no evento. Um dos maiores nomes dos quadrinhos, que ajudou a revolucionar a maneira como HQs são produzidas. Por mais que eu tenha discordado da cobrança pelo autógrafo do artista (por nada módicos 200 reais), sua presença mostra como o evento está se tornando forte e como está atraindo grandes nomes. Espero que a vinda dele se torne algo fixo do evento rs.
Lembra que eu disse que o evento estava maior? Isso melhorou a locomoção dentro do evento, como eu disse antes, mas também possibilitou que mais expositores pudessem marcar presença com seus estandes. Grandes canais de TV, empresas de colecionáveis, estúdios de cinema e produtores de conteúdo em geral distribuíam brindes e promoviam atividades em seus estandes, porém todos estavam sempre muito lotados e com filas gigantes.
Um outro ponto que merece ser discutido é a liberação de credenciais de imprensa pro evento. O Justiça não foi credenciado este ano e isto é completamente compreensível já que somos um site pequeno e o evento tem critérios que considero justos para a seleção de credenciados. O problema é que diversos veículos grandes e médios que já cobriram o evento em anos anteriores foram barrados esse ano sem motivo aparente (para averiguar isso é só você dar uma olhada nos grupos do evento no Facebook e ler os relatos do pessoal), enquanto teve gente que não posta vídeo no canal do youtube há mais de 1 ano e recebeu a credencial pros 4 dias (se você acompanha canais de quadrinhos no youtube sabe que isso aconteceu). Como eu disse, o evento tem seus critérios, porém é estranho que esse tipo de situação aconteça. Espero que eles revejam esse ponto tanto pra CCXP Nordeste quanto pro evento em dezembro de 2017.
Muito se fala sobre o preço da alimentação no evento ser cara (e realmente é), porém haviam duas praças de alimentação (uma só com foodtrucks) que ofereciam diversas opções e os mais variados preços (que não fugiam muito do padrão desse tipo de evento mas que até compensavam em alguns casos). Infelizmente, é inevitável que ao tentar trazer a experiência de uma Comic Con estrangeira o evento acabe propiciando tanto os pontos positivos quanto os negativos dos eventos lá de fora.
No geral o saldo do evento é muito positivo. É muito legal estar no ambiente que o evento propicia, conversando com artistas, tirando foto com os cosplayers, participando de atividades nos estandes e falando sobre assuntos que tanto amamos. Se você ainda não teve a oportunidade de ir ao evento, recomendo fortemente que vá. Garanto que, assim como eu, você irá querer voltar e ficará ansioso pela edição do ano seguinte. Que venham a CCXP Nordeste e a CCXP 2017!
Lucas Araújo
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