Entre os dias 4 e 5 de dezembro rolou a CCXP Worlds 2021, a oitava edição da CCXP e a primeira de forma virtual, devido a pandemia pela qual estamos passando que impede a realização de eventos presenciais. Pude acompanhar o evento nesses dois dias e, como tradicionalmente faço, contarei um pouco sobre o que vi por lá.
Mais uma vez, a organização do evento teve a ideia de realiza-lo de forma virtual e possibilitando que boa parte de seu conteúdo fosse acessado de forma gratuita, o que permitiu que a CCXP fosse mais acessível para aqueles que sempre quiseram saber um pouco sobre como é estar no evento, mas que não tinham tido a oportunidade de ir nos anos anteriores.
Como em toda edição do evento, meu foco é na área dos artistas. Esse ano a organização do evento aprimorou a ferramenta de mesa virtual, na qual você pode conhecer um pouco mais sobre os artistas e conversar com eles para comprar prints, sketchs, comissions ou qualquer coisa que eles tenham produzido. O problema, que não é culpa nem da organização e nem dos artistas, é a questão do frete que para algumas pessoas pode se tornar impraticável.
Entretanto, esse ano não tivemos convidados internacionais na área de quadrinhos (com exceção de Jim Davis, que fez um divertido painel com Mauricio de Sousa), o que impactou um dos pontos altos do ano passado: as entrevistas e masterclasses. Sem dúvidas a pandemia teve impacto no planejamento desse ponto, mas ano passado com menos tempo e mesmas condições o evento conseguiu organizar muita coisa interessante com artistas como Mark Waid e J.M. DeMatteis. Em compensação, houveram ótimos painéis com artistas nacionais, como o com a homenageada do evento, Laerte, uma das maiores quadrinistas da história do Brasil, as masterclasses da MSP e os anúncios das editoras.
E por falar em anúncios de editoras, tivemos várias marcando presença no evento. A Conrad anunciou Duo.tone de Vitor Caffagi e Alho Poró de Bianca Pinheiro em formato físico. A Comix Zone anunciou Fictional Father de Joe Ollmann, Not All Robots de Mark Russell e Mike Deodato Jr. e Corso de Danilo Beyruth. A JBC anunciou um novo mangá de Jiraya, por Chris Tex, Santtos e Jhionny Domingos, e a publicação de Dragon Quest, de Riku Sanjo e Koji Inada. A Hyperion Comics, editora de Levi Trindade, anunciou diversos títulos, com destaque para a sequência de Usagi Yojimbo de Stan Sakai e Telepatas, de J. Michael Straczynski e Steve Epting. A Panini apresentou uma série de lançamentos, com destaque para os omnibus da Sociedade da justiça de Geoff Johns, Hitman de Garth Ennis, Kamandi de Jack Kirby, Doutor Estranho de Jason Aaron e Chris Bachalo, o Demolidor de Ann Nocenti (muito pedido pelos leitores), o omnibus da X-Force de Rick Remender, além do retorno de Bleach. Houveram também os anúncios da MSP, também publicadas pela Panini, que se destacam pela Biblioteca histórica Turma da Mônica, que pretende republicar todas as histórias dos personagens de Mauricio de Sousa desde os anos 70, e as Graphic MSP Anjinho de Max Andrade, Denise de Cora Ottoni, Mingau de Ana Cardoso e o sexto volume do Astronauta de Danilo Beyruth, e uma entrevista muito legal na qual Mauricio de Sousa comenta seu processo criativo durante a produção de Horácio.

A CCXP Worlds mais uma vez conseguiu entregar uma boa experiência digital, embora não tenha tido tanto conteúdo relevante para quadrinhos (a área que mais me atrai no evento). Espero que ano que vem as coisas melhorem e possamos ter o evento presencial, com mais convidados e conteúdo, mas também acho importante que haja uma versão digital para que mais pessoas possam ter acesso.
Lucas Araújo
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