Bem-vindos a mais um Papo Rápido, a coluna na qual falo um pouco sobre coisas que eu tenha lido, ouvido ou assistido nos últimos tempos. Conversas rápidas e reflexões aleatórias sobre obras da cultura pop.
Crise na editora Abril
Há algum tempo recebemos a notícia de que a Editora Abril, uma das maiores do país, suspendeu a publicação das HQs Disney, desde as coleções de luxo do Pato Donald de Carl Barks, a coleção do Tio Patinhas de Don Rosa e as compilações de tiras clássicas do Mickey até as publicações mensais, incluindo até mesmo as assinaturas.
Os colecionadores pressentiram que algo estava errado quando as coleções mais luxuosas de quadrinhos Disney começaram a ser redistribuídas em banca com descontos superiores a 50%. Além disso, é sabido que há algum tempo o Grupo Abril não anda muito bem das pernas, desde a perda dos direitos da MTV e a demissão de funcionários no começo deste ano. Segundo matéria publicada no site Poder 360º, a empresa acumulou um prejuízo de mais de 300 milhões de reais no ano comercial de 2017. O sinal amarelo já está ligado há algum tempo.
No setor de quadrinhos, pelo o que vi em entrevistas, aparentemente as vendas estavam boas, mas pelos indícios apresentados acima, como o retorno de publicações às bancas por menos da metade do preço, as cosias não estão tão bem assim. Acredito que a Abril tenha superestimado o poder de vendas de suas coleções de luxo, inundando o mercado com diversas publicações e gerando autoconcorrência. Erro de estratégia? Soberba? Um pouco dos dois? É de se pensar.
A editora prometeu um comunicado definitivo sobre as publicações Disney. Boatos dizem que a editora abrirá mãos dos direitos de publicação dos quadrinhos Disney, que pertencem ao grupo Abril desde os anos 50. É difícil acreditar que uma empresa que tem uma origem muito fortemente ligada aos quadrinhos faça isso, mas em tempos de crise tudo é incerto. Vamos aguardar os próximos capítulos.
O pessoal do Splashpages fez um texto bem legal sobre o assunto. Dá uma olhada lá.
O fenômeno da explicação de obviedades e a subestimação do público
Se você tem o costume de frequentar o Youtube, pode ter percebido um fenômeno dos supostos “cientistas da cultura pop” em explicar obviedades de filmes que possuem a profundidade de um pires. Sério, procure, por exemplo, “final de Guerra Infinita explicado” na busca da ferramenta e se surpreenda com a quantidade de gente produzindo conteúdo inútil.
Isso me irrita, pois basicamente essa galera está chamado seu público de burro. Não condeno a discussão sobre filmes, longe disso, acho o debate muito válido em casos como Onde os Fracos Não tem Vez, A Origem, O Bebê de Rosemary, enfim, filmes subjetivos e que podem gerar um debate legal sobre suas diversas interpretações. Mas, ao ponto que essa galera faz vídeo sobre o final de um simples filme de Super-heróis, parecem querer bancar os “inteligentões”, impedindo que o público pense por si próprio.
É uma forma muito baixa de conteúdo, equiparável à fórmula da “banheira de Nutella”. Faça um favor a si mesmo e fique longe dessa galera.
Cadê o próximo God Of War?
Mudando um pouco de assunto, vamos falar de coisa boa, vamos falar de Tek… digo, vamos falar do último grande lançamento da indústria de Videogames. Finalmente terminei a história principal do novo God Of War e tudo que tenho a dizer é: Quando sai o próximo?
Sério galera, o jogo é simplesmente incrível, os produtores exploraram muito bem a mitologia nórdica, fazendo você pensar que o jogo foi feito para seguir essa mitologia, ainda que eu goste muito da mitologia grega e dos outros jogos da série. A tridimensionalidade de Kratos foi muito bem-vinda, ao passo que o relacionamento com seu filho Atreus é a cereja do bolo.
Não é à toa que o jogo já recebeu o apelido de GOTY Of War. Não perca tempo e jogue!
A despedida de Sopranos
Bom, se você acompanha o Justiça Geek há algum tempo, sabe que eu estava assistindo Sopranos, uma das séries mais importantes da história da televisão. Finalmente terminei de assistir e um sentimento resume a série para mim: Saudade.
Digo isso pois depois de tanto tempo acompanhando os personagens, sentirei falta de cada um deles. Assistir Sopranos era um momento de lazer depois de um dia estressante, a série jamais me cansou e ouso dizer que não há um episódio sequer ruim. Ela merece o título de melhor série da história da TV. Bom, pelo menos para mim (foi mal Breaking Bad e Band Of Brothers, mas vocês estão bem perto).
É um pouco triste terminar a série e lembrar que James Gandolfini, protagonista da série na figura de Tony Soprano e falecido em 2013, já não está mais entre nós. O cara era um grande ator e gostaria de acompanhá-lo em novos trabalhos.
Eu gostaria muito de falar mais sobre a série por aqui, talvez em um Tribunal Geek. Mas para isso a galera aqui do site tem que ver a série também. Vou fazer um esforço para isso acontecer, torçam por mim.
Faça um favor a si mesmo e assista Sopranos. É uma experiência única.
Os Guardiões da Galáxia de Dan Abnett e Andy Lanning é realmente fantástico!
Estou lendo o terceiro volume dos Guardiões da Galáxia de Dan Abnett e Andy Lanning (que a Panini concluiu em quatro volumes recentemente) e a série só melhora a cada disso. A dupla de roteiristas conhece muito bem o universo Cósmico da Marvel e foram a escolha mais certeira possível para revitalizá-lo. É evidente que James Gunn bebeu muito dessa série para criar sua versão desses personagens.
Nós gravamos um JG Drops no qual conversamos sobre esta série, dá uma ouvida lá. O papo foi bem legal.
E é isso. Você tem algo que gostaria de comentar sobre? Deixe aí nos comentários, vamos trocar ideias e recomendações. Até a próxima!
Lucas Araújo
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