Avante, Justiceiros!
Como de costume, é chegada mais uma Recomendação da semana, a coluna mais esperada da internet! Aqui sempre traremos livros, Hqs, filmes, séries ou álbuns que gostamos e indicamos, bem como os porquês de termos achado o material bom. Essa semana, a indicação é LJA: O Prego, excelente HQ publicada originalmente entre agosto e outubro de 1998 pela DC Comics.
Antes de começar a falar da HQ, vou dar umas pequenas explicações: pra quem ainda não sabe, LJA é a abreviação de Liga da Justiça da América, a super-equipe da DC que todos nós conhecemos e que reúne os maiores escalões da editora, como Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, entre outros. LJA: O Prego é uma HQ Elseworlds – Elseworlds são histórias de realidades alternativas, que mostram como seria o universo DC caso algum fator-chave fosse modificado. Uma das Elseworlds mais famosas é Superman: Red Son (no Brasil: Superman: Entre a Foice e o Martelo), que conta como seria o mundo se o bebê kriptoniano Kal-El tivesse caído na Terra dentro dos domínios da União Soviética, ao invés de nos Estados Unidos. Observação: A Marvel Comics também possui sua linha de histórias alternativas, que é chamada de What If? (em português: O que aconteceria se…?).
Em O Prego, nos é apresentado como seria o mundo se por conta de um simples prego o casal Kent não tivesse conseguido sair da fazenda no fatídico dia em que Kal-El chegou à Terra e, por conta disso, eles nunca criaram Clark Kent, nos levando a um futuro sem Superman, o maior símbolo de moral e justiça da editora. A ideia da HQ não é necessariamente nova: ela se apoia num poema da Idade Média que evidencia o quanto um detalhe, por menor e mais irrelevante que possa parecer, tem potencial pra causa grandes mudanças.
Tanto a arte quanto o roteiro da HQ é de Alan Davis, consagrado artista e autor de obras como Excalibur, Quarteto Fantástico: O Fim (outra história de futuro alternativo, da linha What If? comentada no início desse post) e Miracleman (numa parceria com o lendário Alan Moore), enquanto a arte-final fica por conta de Mark Farmer. Para os desavisados de plantão, a dupla criativa confirmou presença na CCXP 2016, em São Paulo. O autor mostra o domínio e conhecimento que possui acerca do Universo DC, pois consegue representar magistralmente o impacto que a ausência do Superman causaria na população, fazendo com que as pessoas percam a confiança nos uniformizados, causando instabilidade dentro da Liga da Justiça já que os herois não tem mais o Escoteiro para tomar como referência, e tudo isso aliado à um Lex Luthor eleito prefeito de Metropolis promovendo uma verdadeira “caça às bruxas” contra os meta-humanos. Como se não bastasse, alguém está conspirando contra os herois, forjando acidentes e usando a mídia pra direcionar a culpa para os mocinhos. É, não é uma boa época pra combater o crime…
Durante a história, temos a participação de outras equipes, como os Renegados (aqui comandados pela Canário Negro) e a Patrulha do Destino, além de alguns personagens inesperados dando as caras, com suas histórias surpreendentemente recontadas, mas não entrarei em detalhes para não dar spoilers.
Pra concluir, caso você deseje ver a história na íntegra, a Eaglemoss lançou ela recentemente na sua coleção de Graphic Novels, mais especificamente no volume 19 da coleção. O encadernado contempla as 3 edições que compõem O Prego mais a edição número 13 de Superman, onde Jimmy Olsen é apresentado oficialmente.
That’s All, Folks! Até semana que vem com mais uma Recomendação da Semana!
Ricardo Sousa
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