O que rolou na CCXP 2017!

Entre os dias 6 (considerando a Spoiler Night) e 10 de dezembro rolou em São Paulo a CCXP 2017, evento que já entrou no calendário nerd do país. Nós do Justiça Geek estivemos lá no sábado, dia 9, e agora vou falar um pouco sobre o que vimos por lá.

O evento estava cheio de atrações e convidados, que agradavam os mais diversos públicos. Você podia encontrar diversos atores em painéis de estúdios e sessões de Meet & Greet, comprar action figures em estandes especializados, visitar área tematizadas e aproveitar, aquela que considero a melhor área do evento, o Artist Alley.

Na área dos artistas era possível encontrar grandes nomes da indústria de quadrinhos, nacional e internacional, como Vitor Caffagi, Bill Sienkiewicz, Arthur Adams, Fabio Moon, Gabriel Bá, Simon Bisley, Gustavo Borges, Cris Peter, Daniel HDR, Glen Fabry, Carlos Pacheco, Orlandeli, Paul Azaceta, Ben Templesmith, Paulo Crumbim e Cristina Eiko entre outros. Você podia levar seus quadrinhos para autografar, comprar prints, conhecer novos quadrinhos de artistas independentes e até mesmo comprar uma arte original. É muito bacana conversar com os artistas sobre o trabalho deles e prestigiar essa galera que produz um conteúdo que gostamos muito.

Também havia o belo estande da Chiaroscuro localizado nesta mesma área do evento. O estande promovia diversas atividades como sessões de autógrafos e oficinas de arte em uma parceria com a Faber Castell. Alguns dos convidados você só encontrava por lá como, por exemplo, Gail Simone, Ivan Reis, Danilo Beyruth, Joe Prado, Paul Pope e Eddy Barrows.

É claro que o evento tem seus pontos negativos e acredito que este ano eles tenham sido ainda mais evidentes. Vou ao evento desde sua primeira edição, em 2014, e afirmo sem sombra de dúvidas que este ano o evento atingiu sua lotação. Era difícil se locomover no evento a partir de certo horário, filas para tudo e intermináveis, para pegar um simples pôster em um estande era preciso encarar uma fila que podia durar horas. Os banheiros estavam lotados e o ar condicionado parecia sobrecarregado em diversos pontos do evento. Acredito que deva haver uma revisão no número de ingressos vendidos nas próximas edições para que esses problemas sejam diminuídos, mas sabemos que isso dificilmente vai acontecer. Compreendo que organizar um evento desse porte gere um custo absurdo, mas é importante que o evento preze pelo conforto de seus visitantes.

As filas começavam já na chegada ao evento.

Outro ponto que gerou polêmica entre a galera que foi ao evento foram os diversos cancelamentos de convidados em datas muito próximas ao evento. A atitude do evento em devolver o dinheiro dos Meet&Greet já pagos e até mesmo se dispor a devolver o valor do ingresso foi muito respeitosa, mas a frustração da galera é compreensível. As pessoas se deslocam de muito longe para ir ao evento e conhecer seus ídolos e é bem chato ver todo um planejamento ir pelo ralo.

Falar sobre o alto preço da alimentação nesse tipo de evento já virou redundante e infelizmente é algo que não vejo mudando tão cedo. Uma refeição simples podia chegar aos R$ 40,00, o que é bem pesado principalmente para quem vai mais de um dia para o evento. Ao menos era permitido entrar com alimentos no evento, algo que ameniza esse problema.

A parte mais legal do evento é a troca de ideias com o pessoal que está por lá, encontrar velhos e novos amigos que só vemos nessa época do ano. O ambiente amigável que a CCXP proporciona é raro de ser encontrado em um evento deste porte.

No geral, o evento mantém o saldo positivo. Caso os organizadores se atentem aos pontos que mencionei, o evento tem tudo para crescer ainda mais e se tornar o evento Nerd definitivo do Brasil. Ao fim de toda CCXP a sensação que fica é a ansiedade para o evento do ano seguinte. Então que venha a CCXP 2018!

 

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Lucas Araújo

Programador, estudante de TI e co-fundador do Justiça Geek. Fanático por quadrinhos, aficionado por filmes e séries, leitor faminto, gamer esporádico e músico (muito) frustrado. Gosta de falar sobre tudo isso em seu tempo livre(ou até mesmo quando não está tão livre...), debatendo questões essenciais para a humanidade como quem vence um crossover entre super- heróis, qual é seu escritor favorito e se um filme foi bem feito.