Salve, Justiceiros!
Esse foi um episódio mais comprido, com pouco mais de uma hora de duração, e no que diz respeito ao ritmo e à parte visual, foi muito bom. Como sempre, vamos analisar o que está acontecendo na história, ponto a ponto:
Em Porto Real
Uma das cenas mais bem feitas de GoT em termos de edição. Uma sequência de imagens da situação de vários personagens, que mesmo longa e quase sem falas transmite uma tensão, em grande parte graças à ótima trilha sonora. Todos aguardam o julgamento da Cersei e Loras, mas mal sabem que o Grande Septo de Baelor está prestes a sofrer uma explosão de Fogo Vivo, aniquilando todos dentro dele.
Ah, e posso estar enganado, mas acho que foi a cena da série com maior quantidade de mortes de personagens importantes em menos tempo. Primeiro Pycelle nas mãos de Qyburn, e depois vários personagens de uma vez na explosão do Septo de Baelor: a família Tyrell (Mace, Margaery e Loras), toda a Fé dos Sete (o Alto Pardal, Lancel e todos os demais pardais) e a Mão do Rei (Kevan Lannister).
Em uma tacada, Cersei executa uma grande vingança contra praticamente todos os seus inimigos por perto, e isso tem consequências enormes, mas voltarei a isso logo mais.
De toda forma, essa vingança tem um preço altíssimo para ela: o suicídio de Tommen. Vi muita gente criticando o suicídio dele, como uma coisa sem sentido, mas francamente achei que, dentro do contexto apresentado pela série, faz todo o sentido.
Tommen era um jovem de personalidade passiva, nem um pouco dominante, que foi colocado no trono por puro acaso, e a cabeça dele devia ser uma grande zona. Era natural que ele precisasse de muita orientação, tanto por ser passivo quanto por ser jovem, e sabemos que ele nunca teve isso. Ele não tinha orientação dos pais – Robert estava mais preocupado com vinho e mulheres, Cersei estava mais preocupada com Jofrey – e mesmo quando ele passou a receber mais atenção da mãe, percebeu o quanto ela era desequilibrada. Seu avô Tywin poderia ter sido essa orientação, mas foi uma peça eliminada do Xadrez dos Tronos. E isso tudo gerou uma carência que foi prontamente atendida por Margaery e, mais tarde, pelo Alto Pardal.
Agora imaginem vocês o que se passa na cabeça desse jovem Rei quando ele constata a morte das duas figuras que o guiavam: ele reconhece a gravidade da situação, sabe que muitas coisas seriam esperadas dele, mas ele não tem coragem para recriminar os atos da mãe, e ao mesmo tempo não admite a possibilidade de ficar sob a tutela dela. A morte é uma alternativa mais fácil. Então sim, o suicídio dele fez bastante sentido.
Nas Gêmeas
Vemos um banquete na sede dos Frey, com a presença de Jaime e Bronn e dos oficiais Lannister, em comemoração pela retomada de Correrrio. E vemos um Jaime de saco cheio e com um profundo desprezo por Walder Frey, que sequer foi capaz de manter o poder sobre Correrrio e as Terras Fluviais sem ajuda. Mas o mais importante da cena, embora a gente ainda não saiba disso quando assiste pela primeira vez, é a moça que enche a taça de Jaime. Voltaremos a isso daqui a pouco.
De volta a Porto Real
Cersei, já calejada pelo sofrimento, não derrama uma lágrima pelo filho caçula. Percebam que a mortalha dele é dourada, exatamente como na profecia feita por Maggy, a feiticeira, quando Cersei era adolescente.
Essa cena foi retratada no primeiro episódio da quinta temporada, num flashback. Cersei pergunta se será rainha, ao que a feiticeira responde que sim, “até chegar outra, mais nova e mais bela, para derrubar você e roubar tudo aquilo que lhe for querido”.
Em seguida, quando Cersei perguntou se ela e o Rei (que ela acreditava que seria Rhaegar Targaryen) teriam filhos, a feiticeira respondeu:
“Oh, sim. Ele dezesseis e você três (…). De ouro serão as suas coroas e de ouro as mortalhas”.
A profecia se concretizou com exatidão, pois o Rei em questão, que foi Robert, teve dezesseis bastardos (ou seja, nenhum deles com Cersei), e ela teve três filhos, todos de Jaime, e os três agora estão mortos.
Porém, nos livros a profecia tem ainda mais uma parte que não foi mostrada na séria naquele flashback, mas que talvez ainda seja mostrada de alguma forma. A feiticeira diz que “quando suas lágrimas a afogarem, o valonqar enrolará as mãos em sua pálida garganta branca e a estrangulará até roubar sua vida.”
“Valoqar” é uma palavra em valiriano para irmão menor ou irmão mais novo. Isso tem levado os fãs a inúmeras teorias sobre quem será o valoqar que irá matar Cersei.
O mais doloroso dos itens da profecia se concretizou, e agora os três filhos de Cersei estão mortos. A rainha mais bela e mais jovem a tomar seu lugar poderia ser Margaery, mas como Cersei triunfou sobre ela, tudo indica que essa nova rainha será Daenerys (pelo menos na série). E o toque final: o irmão mais novo que deverá matá-la. Na interpretação da própria Cersei nos livros, isto sempre se referiu Tyrion, mas o roteiro funciona muito melhor se for Jaime. Voltaremos a isso daqui a pouco.
Em Vilavelha
Finalmente temos um vislumbre da mais antiga cidade de Westeros, pena que é por pouco tempo. Nos livros, Vilavelha é belíssima e enorme, perdendo em tamanho apenas para Porto Real.
Essa cena é cheia de detalhes visuais bem pensados. A grande torre branca que vemos é Torralta, que é ao mesmo tempo um castelo e um farol, e a sede da família Hightower, que por sua vez é tão rica quanto os Lannister e a principal família vassala dos Tyrell.
Vemos uma grande quantidade de aves brancas saindo da torre: são corvos brancos, usados pelos Meistres para anunciar a chegada do inverno. No caso, eles provavelmente estão mandando corvos para todos os castelos e fortalezas de todas as famílias nobres de Westeros, para avisar que o tão aguardado inverno finalmente chegou. A única coisa estranha é que os corvos não deveriam estar saindo da torre, e sim da Cidadela (que é a sede dos Meistres), mas vamos ignorar esse detalhe.
Quando Sam chega à Cidadela, que é como se fosse uma universidade para formar meistres, dá de cara com a burocracia deles. No entanto, enquanto aguarda para falar com o Arquimeistre, é permitido a ele usar a biblioteca, e ele obviamente fica maravilhado com todas aquelas prateleiras abarrotadas de livros e de conhecimento, apenas esperando por ele.
Em cenas como essa, constatamos que, de fato, o ponto forte da série é o visual. Tudo que ela falha em roteiro é compensado pela qualidade de direção de arte e cenários. Esta curta cena da biblioteca é fantástica. E talvez vocês não tenham percebido, mas reparem que os astrolábios pendurados no teto são iguais ao que aparece na música de abertura da série – é possível ver de relance a gravura do dragão.
Em Winterfell
Um dos corvos brancos chega a Winterfell com a mensagem de que o inverno finalmente chegou.
Sor Davos confronta Melisandre na presença de Jon, pela morte de Shireen. A cena é simples, mas um exemplo de ótima atuação por parte de Liam Cunningham, o ator que dá vida a Davos. Podemos sentir de forma intensa o sofrimento e a angústia do personagem.
É possível teorizar também que Davos já tivesse concluído a culpa de Melisandre na noite anterior à Batalha dos Bastardos, quando encontrou o brinquedo queimado no local da pira, mas sabia que se trouxesse o assunto à tona naquele momento crucial, tiraria o foco de Jon (e dele próprio) da batalha. Faz sentido, mas é bem tenso, não?
E nesse cena, ele descarrega a acusação reprimida, fazendo com que Jon expulse Melisandre do Norte. Enquanto Jon a observa partir em direção ao sul, nos baluartes do castelo, Sansa chega e os dois tem uma curta conversa, em que ela admite o erro por não ter contado sobre os Cavaleiros do Vale, admite não confiar em Mindinho, e ele a lembra de que os dois precisam confiar um no outro. No fim, eles compartilham um sorriso sobre a confirmação de que o inverno chegou, lembrando das palavras insistentemente repetidas pelo pai, que também são o lema da casa Stark: o inverno está chegando.
Em Dorne
Vemos uma cena que provavelmente jamais aconteceria nos livros, mas a série é cheia dessas concessões: uma conversa e uma aliança entre os Tyrell e os Martell (supostamente, eles são inimigos mortais). A justificativa para isso no contexto da série é que Olenna, a Rainha dos Espinhos, já não tem nada a perder, uma vez que seu filho e seus netos estão mortos.
Varys está ali para trazer uma mensagem, e mais uma vez tudo se encaminha para uma simplificação do roteiro, com Dorne e a Campina se aliando a Daenerys na tomada de Westeros.
Em Meereen
Falando em Daenerys, ela se tornou uma rainha mais fria, e sem uma lágrima, dispensa Daario de sua campanha militar, ordenando que ele e os Segundos Filhos (seu grupo de mercenários) fiquem em Meereen para garantir a paz enquanto o povo “elege seus próprios líderes”. Me parece meio forçado que os Segundos Filhos sejam suficientes pra garantir que os mestres escravagistas não tomem o poder de novo, mas whatever…
Em seguida Daenerys nomeia Tyrion como Mão da Rainha, numa cena que demonstra a relação de confiança que se estabeleceu entre eles. Essa relação foi meio forçada e poderia ter sido muito melhor trabalhada ao longo dessa temporada, mas mesmo assim é legal que ela esteja ali.
De volta às Gêmeas
Walder Frey é assassinado por ninguém menos que Arya. Sim, ela era a moça que encheu a taça de Jaime na outra cena, apenas usando um rosto diferente. Parece que, apesar de ter interrompido o treinamento com os Homens sem Rosto antes da conclusão, as habilidades de assassina dela são mais do que o suficientes pra arrepiar em Westeros, e mais um nome é riscado da lista dela.
Ah, e a torta que Walder estava comendo logo antes de morrer foi feita com a carne de seus filhos. Yay.
De volta a Winterfell
Mindinho mais uma vez se declara para Sansa, de sua peculiar forma doentia (lembrem que o amor dele pela garota é um reflexo, ou uma reciclagem, do amor que ele sentia pela mãe dela). Ao ser rejeitado, ele responde fazendo o que faz melhor: plantando dúvida e discórdia, sugerindo a Sansa que ela tem mais direito a Winterfell do que Jon.
Além da Muralha
Benjem (ou Mãos Frias) deixa Bran e Meera em segurança, e imediatamente Bran decide revisitar a cena de Ned entrando na Torre da Alegria – sim, a confirmação que todos estavam esperando.
Lyanna estava gritando na torre pois estava dando à luz o bebê que seria Jon Snow. A série não deixa explícito que Jon é filho de Rhaegar Targaryen (provavelmente estão guardando isso para ter mais grandes revelações na próxima temporada, através das visões de Bran). Mas ok, todos sabemos que é isso mesmo, né?
Mais uma vez em Winterfell
Jon e Sansa estão no salão de Winterfell, diante dos lordes do norte, dos cavaleiros do Vale e dos líderes dos selvagens. Jon tenta convencer a todos de que, embora os Bolton estejam derrotados, o verdadeiro inimigo ainda está por vir, mas é apenas com um impressionante discurso da jovem Lyanna Mormont (de novo ela) que Jon consegue o apoio de todos.
Gente, a atriz (que ironicamente se chama Bella Ramsey) tem apenas 10 anos! É inacreditável a firmeza e a segurança dela. E se vocês olharem o arquivo dela no IMDB, vão ver que GoT é o seu primeiro trabalho (em seguida ela participará de uma série baseada num livro infantil chamada Worst Witch).
Entrementes, enquanto toda essa discussão rola, vemos os olhares super sugestivos de Mindinho para Sansa. Tudo indica que ela pode ter mordido a isca, e não fica tão feliz quanto poderia com Jon sendo chamado de Rei do Norte.
A cena propositalmente é muito parecida com aquela da segunda temporada em que Robb foi declarado Rei do Norte, ainda que não tenha pedido por isso. Robb era o Jovem Lobo, Jon é o Lobo Branco. Será que isso é um indicativo de que vai dar merda de novo? Acho que não, pois a série tem uma história bem mais linear do que os livros, além de uma proposta bem maniqueísta, na qual Jon é o herói, o mocinho. Ou seja, ele pode muito bem acabar sendo de fato o Rei do Norte por aclamação pública e “mérito”, simples assim.
Algum problema com isso? Pelo contrário, é bem legal vê-lo nessa posição. Ele é um personagem construído para que todo mundo goste dele, e vê-lo sendo declarado Rei do Norte é um fanservice gigantesco, além de um anúncio de que a série está caminhando para sua conclusão. Mas que o roteiro da série é fraco em comparação aos livros, não há discussão. A série usa recursos narrativos de suspense e mistério de forma leviana, e o maior exemplo disso é a morte de Jon no final da quinta temporada, pois serviu APENAS para gerar especulações e forçar um hype na internet sobre a sexta temporada, pois ele voltou exatamente como era. Isso faz a morte dele perder o sentido e o valor na história, e jamais aconteceria dessa forma nos livros…. mas fazer o que, né? Série é série, livros são livros, já estamos calejados com essa separação.
Novamente em Porto Real
Jaime chega bem a tempo de ver a coroação de Cersei, quando a fumaça da implosão do Septo ainda nem dispersou (literalmente). E quem está colocando a coroa é Qyburn que (reparem) está usando o broche de Mão do Rei (ou da Rainha, no caso).
No entanto, ao atacar os Tyrell (os últimos aliados da coroa), ela ficou sozinha, apenas com a força dos Lannister, o que nem de longe é suficiente para resistir à investida de Daenerys, o que indica que Cersei deverá cair facilmente. No entanto, ela já não tem quase nada a perder, e poderá mandar fazer com a cidade o mesmo que fez com o Septo de Baelor: mandar tudo pelos ares.
E aqui entra aquilo que dissemos antes sobre Jaime ser o Valoqar que vai matá-la. A vida de Jaime é atormentada por um grande complexo que também é uma grande ironia, pois ele é julgado e discriminado por todos pelo seu maior ato. Ele recebeu a pecha de Regicida ao assassinar Aerys, o Rei Louco, que ele havia jurado proteger com a própria vida; no entanto, com esse ato de traição, ele salvou milhões de vidas: os cidadãos de Porto Real, pois Aerys queria queimar a cidade inteira com fogo vivo.
Então, como ironia pouca é bobagem, se Cersei decidir fazer a Rainha Louca e mandar queimar Porto Real, Jaime pode se ver forçado a cometer o regicídio uma vez mais, dessa vez com a própria irmã e amante. Pode ser que ele morra junto com ela ou não. De toda forma, seria um final trágico e poético.
Em algum lugar do Mar Estreito
A gigantesca frota de Daenerys avança em direção a Westeros em mais uma cena visualmente impressionante, coroada pela visão dos dragões voando sobre os navios.
Dothraki e Imaculados, todos juntos sob a bandeira Targaryen. Navios com a bandeira do Krakken dos Greyjoy, navios com o Sol Vermelho dos Martell e navios com a Rosa dos Tyrell. Sim, eles estavam lá… apareceram de forma sutil, mas estavam lá, o que significa que se passou um bom tempo desde a cena de Olenna Tyrell em Dorne (até porque Varys também já está aqui, no mesmo navio que Dany). E isso também significa que a frota já está provavelmente perto de Westeros, e a invasão deve começar com tudo na próxima temporada.
Vejam que Dany tem o apoio de três das grandes casas de Westeros (Greyjoy, Martell e Tyrell), o que na prática equivale a ter o apoio de três dos sete reinos (Ilhas de Ferro, Dorne e Campina). Ok, no caso das Ilhas de Ferro, ela ainda terá que enfrentar Euron e os lordes que o apoiaram, mas de uma forma ou de outra Dany está muito overpower. Todo esse poder deverá ser confrontado por uma massiva invasão dos Caminhantes Brancos,
Conclusão
O objetivo deste último episódio parece ser amarrar (ou queimar) algumas pontas e encaminhar a série para o seu fim. Foi emocionante (graças em grande parte à ótima trilha sonora) e visualmente impressionante.
E a temporada, como sempre, teve pontos ótimos e pontos horríveis. Os primeiros episódios começaram num ritmo bacana, com revelações de mistérios e promessas sobre o enredo e do meio pro fim a temporada deu uma desandada maior no que diz respeito ao roteiro, mas pelo menos não teve aquele ritmo lento da temporada anterior. Pelo contrário: foi impressionante, com muita coisa acontecendo, batalhas sendo travadas e, é claro, muitas mortes. É difícil não nos decepcionarmos com o roteiro fraco, mas o visual acaba compensando bem.
É isso, galera. Essa foi a última de uma série de dez análises de episódio. Espero que vocês tenham curtido. Tenho bastante coisa ainda pra discutir sobre Game of Thrones (especialmente sobre os livros) e farei isso nas minhas próximas postagens aqui no Justiça Geek, até pra suprir essa carência que todos teremos até a próxima temporada no ano que vem. E quando ela chegar, estaremos aqui de novo, especulando e torcendo como todo mundo, e explicando as possíveis consequências de cada acontecimento dentro da série para quem se interessar por uma imersão maior nesse fantástico universo.
E pra quem quer saber um pouco mais sobre opinião dos redatores do Justiça Geek sobre essa temporada, em alguns dias devemos colocar no ar a próxima edição do Tribunal Geek, inteiramente dedicada a discutir esses dez episódios! Não conhece o Tribunal Geek? Trata-se do nosso podcast, em que fazemos bate-papos entre os redatores do site sobre tudo no universo geek, especialmente lançamentos de cinema e séries. Se você curte podcasts, dê uma conferida!
Até mais!
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Rafael Esteque
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