Game of Thrones – Análise completa do 8º episódio da 6ª Temporada, com spoilers!

Salve, Justiceiros!

Como nós costumamos dizer aqui no site, o Justiça Geek está aqui pra trazer justiça para a cultura pop, e isso inclui apontar quando algo está errado ou mal feito.

O episódio dessa semana de GoT foi no geral ruim. Houve momentos bons, mas a maioria dos núcleos se desenvolveu de formas no mínimo sem sentido, e eu vou contar a vocês por quê.

Em Braavos

Vemos mais uma vez Lady Crane emocionando o público com sua atuação, e logo depois ela encontra Arya escondida em seu camarim, sangrando das facadas que levou da acólita do templo no final do último episódio. Como Arya salvou sua vida e a alertou sobre a outra atriz, que queria vê-la morta, Lady Crane a leva para casa e cuida de suas feridas.

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Em algum lugar das Terras Fluviais

Sandor Clegane procura pelos três membros da Irmandade sem Estandartes que assassinaram Septão Ray e toda a comunidade que estava construindo o septo. O Cão encontra dois dos três homens na floresta, com mais dois desconhecidos, e a última coisa que os quatro veem é o machado de Sandor vindo. Fica faltando apenas o líder, que usava uma capa amarela…

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Em Meereen

Tyrion e Varys andam pelas ruas da cidade, cheias de pessoas vivendo suas vidas normalmente. Aparentemente, o pacto que Tyrion fez com os escravistas das demais cidades deu certo, e os Filhos da Harpia cessaram com a violência. Varys então parte rumo a Westeros, para uma missão misteriosa.

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Em Porto Real

Cersei é visitada por um grupo de pardais, liderados por Lancel Lannister, que estão ali para levá-la à força de volta para o Septo de Baelor, por ordens do Alto Pardal.

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Essa é uma cena que muitos (eu, inclusive) estavam esperando, pois é aqui que ouvimos a frase de Lancel que fez todos prenderem a respiração no trailer desta temporada, bem como a icônica resposta de Cersei:

“Ordene que seu homem saia do caminho ou haverá violência.”

“Eu escolho violência.”

Mas essa “violência” foi meio broxante, no final das contas… O zumbi gigante Clegane chegou a arrancar a cabeça e a espinha de um dos homens com as mãos, mas os demais pardais simplesmente se acovardaram e fugiram. Ou seja, o trailer gerou muita expectativa pra pouca ação.

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Por mais que Cersei seja uma personagem detestável, os pardais conseguem ser piores com seu fanatismo religioso (muitas vezes violento), de modo que muitos de nós esperavam ver vários deles morrendo violentamente nessa cena (esse é um dos motivos para assistirmos GoT, não?). E no final foi assim, meio bosta.

Mas seguindo em frente…

Em Correrrio

Brienne e Pod chegam a Correrrio, o castelo que é a sede ancestral da família Tully, e o encontram sitiado pelas tropas Lannister.

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Enquanto Brienne e Jaime conversam dentro da tenda, vemos uma cena trivial entre Bronn e Pod que é uma das poucas coisas boas desse episódio: Bronn é um personagem que tira seu carisma de sua absoluta irreverência, e Pod é um rapaz tão leal e simples que é impossível não gostar.

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No entando, a conversa importante de verdade começa a demonstrar que o Jaime da série está definitivamente longe da caminhada de redenção que o personagem faz nos livros – ele estava muito aí para o êxito da missão de Brienne. Ainda assim, permite que ela entre no castelo para tentar persuadir Peixe Negro a levar as forças Tully para o Norte, o que deixaria o trabalho dele ali muito mais fácil.

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Dentro do castelo, depois de muita insistência Brienne consegue que Peixe Negro leia a carta de Sansa, mas ele não irá levar as tropas Tully para o Norte, deixando Correrrio para os Frey e para os Lannister (com razão, diga-se de passagem).

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De volta a Porto Real

Num discurso que parece ter sido escrito pelo próprio Alto Pardal, o Rei Tommen faz um pronunciamento, determinando a data do julgamento de Cersei e Loras, e o mais importante: banindo nos Sete Reinos a prática do julgamento por combate, que seria “uma tradição brutal, um esquema concebido por senhores corruptos para evitar o verdadeiro julgamento dos Deuses”. Dessa forma Cersei e Loras serão julgados por uma corte composta por sete septões da fé.

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Essa cena tem muitos significados. Primeiramente, Tommen é mais do que nunca um fantoche do Alto Pardal, e talvez sequer perceba que com esse decreto esteja condenando a mãe à morte.

Vamos combinar que o julgamento por combate realmente era uma instituição corrupta, que trazia tudo menos justiça. No entanto, uma corte formada por membros da igreja, com toda a arbitrariedade da religião, não é la muito melhor. E nesse caso especificamente, Cersei e Loras estão praticamente condenados. A única chance de ambos era o julgamento por combate (que era especialmente conveniente para Cersei, com seu zumbi-Montanha à disposição).

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Por um lado, essa cena foi muito boa, por desenvolver ainda mais a tensão envolvendo a Fé dos Sete, que ora é corrupta, ora é fanática (pouco a ver com as religiões do mundo real, hein?). Isso colabora para o aprofundamento da história.

Por outro, a expectativa da Batalha dos Clegane, que havia explodido entre os fãs com o ressurgimento de Sandor, acaba de morrer. Pra quem não sabe, existe uma teoria nos livros de que o julgamento por combate de Cersei será uma batalha entre os irmãos Clegane, sendo zumbi-Montanha o campeão de Cersei e Sandor o campeão da fé. Com o ressurgimento de Sandor na série no episódio passado, tudo levava a crer que isso aconteceria na série também, mas se o julgamento por combate não ocorrerá, isso vai por água abaixo. Por que então trazer Sandor de volta para a série neste momento?

E no finzinho da cena, Qyburn traz uma nova informação para Cersei, confirmando algo que ela já suspeitava. A série deixa o teor da informação em aberto, mas especula-se que ele esteja falando sobre os depósitos de fogo vivo estocados sob a cidade, que Cersei possivelmente usará para mandar tudo pelos ares.

E faz muito sentido, pois essa cena no salão do trono deixou muito claro que, exceto por seu guarda-costas zumbi e pelo fiel Qyburn, Cersei está completamente sozinha. Seu próprio filho a traiu e ela não tem outros aliados, como Olenna Tyrell já havia feito questão de apontar na conversa entre as duas no último episódio. Nesta mesma conversa, Olenna havia perguntado se Cersei enfrentaria a todos sozinha, e explodir a cidade inteira (como, aliás, apareceu nas visões de Bran) parece ser uma opção viável para destruir a todos de uma vez.

De volta a Meereen

Temos mais uma cena divertida e trivial, em que Tyrion consegue fazer com que Missandei e Verme Cinzento bebam vinho. Mas a alegria deles é logo interrompida por um súbito e massivo ataque naval dos mestres escravistas das demais cidades.

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De volta a Correrrio

Vemos uma conversa entre Jaime e Edmure, que está em petição de miséria após anos de cativeiro com os Frey. Eles trocam insultos e por um momento Edmure parece ter se tornado um homem mais duro e ter até desenvolvido certa coragem, mas sua vontade é quebrada pela ameaça de Jaime de lançar seu filho no castelo com uma catapulta.

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Quanto a Jaime, como disse antes neste artigo, é um personagem que em vez de evoluir, retrocede. Quem leu os livros sabe que ele é um personagem que chega no início da história para ser odiado, mas que aos poucos ganha nossa simpatia através de sua progressiva redenção e melhoria como pessoa, como cavaleiro e como homem. O Jaime da série deu alguns passos nessa caminhada de redenção (pudemos ver isso quando ele salvou Brienne, e depois quando confiou a ela, na última temporada, a missão de proteger Sansa e Arya), mas nessa temporada ele está retrocedendo.

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Nos livros, essa evolução de Jaime está relacionada com sua descoberta das falhas de Cersei. Na série ele não descobriu essas falhas e continua nessa relação, que é maléfica e venenosa para ambos. Nessa cena nós o vemos dizendo que mataria qualquer pessoa, culpada ou inocente, apenas para voltar para Cersei. É um amor forte, mas ao mesmo tempo doentio.

E vejam bem: não estamos exigindo que a série seja idêntica aos livros, não é essa a questão. A questão é que esperamos, pelo bem da narrativa e da história, ver os personagens evoluindo. E a série está negando essa evolução a diversos personagens, mas principalmente a Jaime e a Sandor, como já havíamos comentado na análise do episódio anterior.

Após essa conversa, Edmure se apresenta sozinho na ponte levadiça, como lorde do castelo, exigindo entrada. O Peixe Negro sabe que isso é uma armadilha e proíbe os homens de baixarem a ponte, mas eles preferem obedecer a Edmure, e aí temos mais um grave problema do episódio.

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Por um lado, a cena em geral é relativamente fiel aos livros; lá, Jaime também liberta Edmure, para que este renda o castelo. Por outro lado, o Peixe Negro dos livros manda abrirem os portões ao passo que o Peixe Negro da série proíbe que eles sejam abertos. De qualquer forma, o que interessa é que seria muito mais provável que a lealdade dos homens de Correrrio estivesse com Peixe Negro do que com Edmure, que estava sumido desde o Casamento Vermelho. Brynden Tully é um herói de guerra e cavaleiro respeitado e admirado por todos (inclusive pelo próprio Jaime). Na série, o fato dos homens desobedecerem à ordem de Peixe Negro e abrirem os portões é uma grande incoerência.

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E não pára por aí: nos livros, Edmure rende o castelo a Jaime e aos Frey, mas ajuda o tio a escapar, pois não admite vê-lo como prisioneiro. Já o Edmure da série ordena aos seus homens que acorrentem Peixe Negro e o entreguem como prisioneiro. E os homens obedecem a Edmure, para tentar prender o homem que os liderou na retomada do castelo. Aparentemente, na visão dos produtores e roteiristas da série, os homes Tully são verdadeiros frouxos.

Antes de ser alcançado pelos soldados, Peixe Negro ajuda Brienne e Podrick a escapar num bote pelo portão do rio. Ela pede que ele vá para o Norte com ela, para lutar por Sansa, mas ele prefere ficar e morrer lutando por Correrrio, ainda que sozinho. Logo depois, vemos um soldado Lannister informando a Jaime que Peixe Negro morreu lutando, mas essa luta sequer é mostrada! Um dos personagens mais legais dos livros foi trazido de volta nesta temporada, apenas para fazer uma participação pífia e morrer de um jeito idiota e inverossímil. O mínimo que os produtores poderia fazer, já que queriam se livrar do personagem (como já fizeram com tantos outros de forma igualmente idiota), seria mostrar uma luta épica de espada em que ele morresse, mas nem isso.

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Obs.: há quem acredite que, como a luta não apareceu, ele não morreu, mas não me parece ser isso. O soldado Lannister foi categórico ao dizer que que “O Peixe Negro morreu lutando”. Uma pena esse descaso da série.

Enfim, os estandartes do Leão Dourado e das Torres Gêmeas dominam Correrrio, e vemos Jaime nos baluartes do castelo. Ele vê Brienne fugindo no bote, mas apenas acena, e ela retribui o gesto. Um sinal de que Brienne ainda desperta algo nele, talvez uma parte dele que deseje ser diferente. Esperemos.

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Novamente em Meereen

A cidade está sofrendo pesadamente o ataque naval dos mestres escravistas. Verme Cinzento determina que os Imaculados fiquem na pirâmide, o único ponto defensável da cidade.

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Dentro da pirâmide, eles ouvem um barulho vindo do teto. Logo em seguida, Daenerys entra sozinha pela sacada, e vemos Drogon saindo voando. Nem uma palavra, apenas isso.

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Aparentemente os produtores decidiram deixar a batalha para o próximo episódio, mas justamente por isso essa aparição de Daenerys foi desnecessária. Uma opção narrativa pobre que decepcionou a todos e apenas gerou expectativa para quebra-la logo em seguida, fazendo desse episódio uma decepção maior ainda. Se era pra entrar e nem dizer nada, podia ter deixado pra aparecer no próximo episódio mesmo.

Espero que sejamos compensados no próximo episódio. Quero ver Drogon colocando em chamas os navios dos mestres escravistas, quero ver os outros dois dragões sendo soltos, quero ver as novas hordas Dothraki de Dany chegando como uma imensa cavalaria para rechaçar os invasores nas praias de Meereen. Mas como o nome do próximo episódio é “A Batalha dos Bastardos”, receio que tudo isso possa nem acontecer (ou nem ser mostrado, o que é mais broxante ainda).

A única coisa boa dessa cena foi ver o erro gigante de Tyrion. Embora ele seja um personagem querido, é importante vê-lo como ser humano, dando suas cabeçadas e aprendendo. Ele foi ousado, mas arrogante, ao tentar administrar um problema político em Meereen com uma solução diplomática Westerosi, e com isso colocou a vida e a liberdade de milhares de cidadãos em risco. Ele não conhece a cultura da região, não conhece a mente dos mestres escravistas como os próprios escravos. Foi alertado por Verme Cinzento, por Missandei e até por Varys, mas ignorou, e agora deverá arcar com as consequências.

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Novamente nas Terras Fluviais

Sandor encontra o homem da capa amarela, junto com mais dois participantes da chacina da comunidade do septo, e os três estão prestes a serem enforcados por ninguém menos que Lorde Beric Dondarrion e Thoros de Myr.

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De cara, isso tem várias implicações. Beric e Thoros são os líderes da Irmandade sem Estandartes, que tem atuado durante a guerra protegendo as pessoas comuns enquanto as grandes casas lutam entre si. O grupo que chacinou a comunidade aparentemente fazia parte da Irmandade (já que seguiam o Senhor da Luz), mas agiu por conta, e está sendo punido por isso. Mas principalmente, o fato de Beric estar vivo representa a maior das quebras de expectativa deste oitavo episódio, pois provavelmente significa que a Senhora Coração de Pedra não irá aparecer, afinal.

Como comentamos nas análises dos episódios anteriores, havia vários indícios de que a série estivesse caminhando para a aparição desta importante personagem, em especial a convergência de tantos personagens para as Terras Fluviais, e o reaparecimento dos Frey, que estão no topo da lista de vingança da nossa querida Catelyn Zumbi. Mas nos livros, Catelyn só é revivida pois Beric passa para o seu cadáver o poder do Senhor da Luz, e consequentemente ele morre. Se Beric ainda está vivo, nada de Senhora Coração de Pedra. Pra que todas essas dicas e toda essa expectativa gerada então?

Obs.: há quem acredite que a série possa estar fazendo diferente dos livros, e Beric não precise necessariamente morrer para que Catelyn reviva. Eu gostaria de acreditar nisso, mas não ouso.

Enfim, Beric permite que Sandor enforque dois dos três assassinos, como vingança, e todos sentam para conversar. Beric tenta convencer Sandor a ir para o Norte com eles – aparentemente a Irmandade agora está preocupada com a ameaça dos Caminhantes Brancos. Não faz muito sentido eles sequer terem conhecimento deste problema, mas ok, vamos em frente.

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Novamente em Braavos

Arya ainda está se recuperando na casa de Lady Crane. De repente, a acólita aparece e mata cruelmente a atriz. E quando achamos que a série não pode mais nos surpreender com suas inconsistências, Arya pula da janela do segundo andar para a rua e sai correndo (algo bem impressionante para alguém que recentemente levou várias facadas no tórax, perdeu uma quantidade grande de sangue e não estava nem conseguindo andar direito).

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A cena de fuga que se segue é digna de Assassin’s Creed, o que é bem bacana. No entanto, algo que precisa ser comentado é que não conseguimos sentir a aflição de Arya, pois em nenhum momento conseguimos acreditar que ela vai morrer. Embora GoT não tenha escrúpulos para matar os personagens principais, sabemos que a série não iria simplesmente gastar tanto tempo em tantos episódios com o treinamento de Arya e as aventuras dela em Braavos apenas para matá-la desse jeito. E by the way, pra uma perseguição que é inútil dentro da narrativa (já que Arya não vai morrer), essa cena de fuga é surpreendentemente bem produzida, mostrando a população e as ruas de Braavos.

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Insisto que é impressionante (e incoerente) como Arya consegue correr e fugir tão bem no estado debilitado em que supostamente estava. E no final ela leva a sua algoz para o local onde está escondida sua espada Agulha (havíamos visto ela se abrigando neste local no sexto episódio). Ela finalmente começou a sangrar de seus graves ferimentos, mas é capaz de sacar Agulha, cortar a vela que era a única fonte de luz do ambiente e, na total escuridão, utilizar todo o seu treinamento como dançarina da água (com Sryrio) e como assassina sem rosto (no Templo) para derrotar a acólita.

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Impressionante, não? O problema é que essa é mais uma luta que, para nosso grande desapontamento, simplesmente não é mostrada, por preguiça dos produtores. Francamente eu preferiria ver uma luta impressionante entre Arya e a acólita do que ver toda essa extensa cena de perseguição.

A cena simplesmente corta para a sala dos rostos, dentro do templo, onde o sacerdote com o rosto de Jaqen encontra Arya viva, e o rosto ainda sangrento da acólita agora adicionado à coleção. Confrontado por ela, o sacerdote admite que mandou a acólita matá-la, mas como ela se saiu melhor no confronto, agora ela é “ninguém”, o que não faz sentido nenhum. Ela estava sendo punida por não seguir ordens e por se prender à sua antiga personalidade. Como é que fugir da punição de repente a qualifica como assassina sem rosto? Os produtores e o roteirista desse episódio estão mandando um abraço pra coerência.

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De toda forma, ela afirma sua personalidade de uma vez por todas: Arya Stark, de Winterfell. Por um lado, sabíamos desde o começo que ela dificilmente conseguiria se desvincular de sua história e se tornar uma assassina sem rosto. Por outro lado, contada dessa forma, a história mais uma vez perde parte do sentido. Por que passamos tanto tempo vendo o treinamento dela, pra no final concluir este arco de uma forma tão simples e sem grandes consequências?

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Além disso, a resolução do conflito dela com a acólita foi super pobre. Os fãs tinham duas principais teorias sobre o que estaria acontecendo, ambas muito mais interessantes do que o que de fato foi mostrado:

A primeira seria a teoria “Clube da Luta”, segundo a qual a acólita nada mais era do que uma representação de uma parte da personalidade de Arya. Ao tentar matar a garota, a acólita estaria matando os laços com seu passado, ao passo que ao resistir à acólita, Arya estava mantendo sua própria personalidade. Fosse qual fosse a resolução do conflito, se seguisse essa linha, seria super interessante.

A outra teoria era de que a pessoa que levou as facadas no sétimo episódio não era Arya, mas sim o sacerdote disfarçado, para punir a acólita pelo seu comportamento emotivo/invejoso/vingativo, que não condiz com a política dos homens sem rosto. Essa teoria justificaria o descuido de Arya no momento que levou as facadas, já que no episódio anterior havíamos visto ela se escondendo com muita cautela. Mas novamente, o motivo das nossas dúvidas era apenas a incoerência da série, e não um plot twist maior.

Nenhuma dessas teorias estava certa, e a resolução da questão foi pobre. E no final, pra coroar com uma cereja o bolo de incoerências que foi esse episódio, o sacerdote com o rosto de Jaqen dá um meio sorriso e permite que ela saia tranquilamente do templo.

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Conclusão

A sexta temporada começou muito bem, e até o quinto episódio continuou com muitos êxitos e poucas falhas, parecendo que iria consertar ou redimir todos os problemas da temporada anterior, mas depois começou a desandar, e nesse episódio rolou barranco abaixo. Houve pontos positivos que comentamos aqui, mas as cenas que decepcionaram ou quebraram expectativas simplesmente chamaram muito mais atenção.

A gente continua assistindo porque é Game of Thrones, né… apesar de todos os pesares, a gente adora a história, o tema, os personagens, e vários aspectos da produção fazem valer a pena, como a atuação de alguns atores e a excelente direção de arte. Mas é triste ver o descaso dos produtores com o desenvolvimento de alguns personagens e as incoerências do roteiro de forma geral.

Vamos esperar que a ação dos últimos dois episódios da temporada deem uma compensada.

Veja também:

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Rafael Esteque

Advogado por formação, narrador por paixão, redator por vocação e músico por opção. Minhas anteninhas de vinil nunca funcionam. No 50º dia do meu nome, só espero que Gandalf me chame para uma aventura. Citação favorita: "In the game of thrones, a wizard is never late." Não, pera... ahn... "Do or do not. There is no Hakuna Matata." Não... ahn... Ok, vocês entenderam.