Papo Rápido – O Multiverso da Loucura e a despedida de um Titã!

Bem-vindos a mais um Papo Rápido, a coluna na qual falo um pouco sobre coisas que eu tenha lido, ouvido ou assistido nos últimos tempos. Conversas rápidas e reflexões aleatórias sobre obras da cultura pop.

Doutor Estranho adentra o multiverso!

Recentemente houve o lançamento do mais novo filme da Marvel, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, no qual o ex-mago supremo da terra adentra os meandros do multiverso ao lado de América Chavez. Não tive tempo para escrever um review completo na época de lançamento e, como já se passou um certo tempo da estreia, irei tecer alguns breves comentários com spoilers, então esteja avisado desde já.

Nesse filme, Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate, está em busca de seus filhos pelo multiverso, dando sequência aos eventos vistos em Wandavision. Ela não mede esforços para encontrar uma realidade na qual eles estejam vivos e irá obliterar qualquer obstáculo que se coloque à frente de seus objetivos, mesmo que isso envolva o Doutor Estranho, seu antigo companheiro de Vingadores.

O brilho do filme está na direção de Sam Raimi. Como é bom vê-lo retornar aos filmes de super-heróis, visto que ele foi diretor da trilogia do Homem-Aranha protagonizada por Tobey Maguire e inventou muito do estilo que vemos em filmes de super-heróis atualmente. Ele teve muita liberdade em imprimir seu estilo, com sua câmera ágil, uso de zoom muito característico e transições de cena que remetem ao seu trabalho nos filmes do aracnídeo, além de trazer diversas referências a filmes de terror como Exorcista, Carrie e Evil Dead, a obra que fez com que Raimi entrasse em Hollywood. Ele sabe o que está fazendo inclusive na utilização dos efeitos e no 3D, havia um bom tempo desde que eu tinha visto um filme que usa tão bem a tecnologia, de forma que não é apenas uma forma de encarecer o ingresso.

O ponto fraco do longa é o roteiro, que tem alguns furos e barrigas ao longo da trama. A motivação de Wanda é convincente e a conclusão de seu arco é bem trabalhada, mas acho que o filme tropeça em algumas justificativas e principalmente quando tenta expandir o Universo Marvel. A cena dos Illuminati, por exemplo, fica sem propósito, parece que foi feita apenas para gerar burburinho na internet com as aparições de alguns personagens.

No geral, o filme é divertido e vale o ingresso. É bacana ver que Kevin Feige, vulgo boné, está dando liberdade para diretores como Raimi imprimirem um certo tom autoral nos filmes do MCU, embora continue um pouco refém da indústria do hype que ele mesmo ajudou a fomentar.

Mais uma lenda se despede

Não está sendo uma época fácil para os fãs de quadrinhos. Depois do falecimento de Neal Adams, tivemos a perda de George Pérez no último dia 6 de maio. Em 2021, Pérez havia anunciado que estava com um câncer em estado terminal e que iria  aproveitar cada um de seus últimos instantes ao lado dos fãs. Ele recebeu várias homenagens em eventos nos quais compareceu, também recebendo muito amor de seus fãs. Mesmo sabendo que esse momento, não é fácil quando um artista lendário como ele se vai.

Pérez foi um dos maiores artistas que a indústria de quadrinhos norte-americana teve, ficando famoso por sua arte super detalhada e sua capacidade em desenhar quadrinhos de super equipes como Liga da Justiça, Vingadores e uma renomada fase na revista dos Jovens Titãs ao lado de Marv Wolfman. Ele também foi responsável pela reformulação da Mulher-Maravilha pós Crise nas Infinitas Terras (megaevento que aliás também foi desenhado por Pérez), em uma revista editada por Karen Berger, criadora do selo Vertigo. Sempre que você vê uma página desenhada por Pérez, você reconhece seu traço.

O trabalho de Pérez viverá para sempre, assim como seu legado na defesa dos direitos dos artistas, como o reconhecido apoio a movimentos como a Hero Initiative, que auxilia quadrinistas que se encontram em situação precária. Obrigado por tudo, George.

E é isso. Você tem algo que gostaria de comentar sobre? Deixe aí nos comentários, vamos trocar ideias e recomendações. Até a próxima! Você tem algo que gostaria de comentar sobre? Deixe aí nos comentários, vamos trocar ideias e recomendações. Até a próxima!

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Lucas Araújo

Programador, estudante de TI e co-fundador do Justiça Geek. Fanático por quadrinhos, aficionado por filmes e séries, leitor faminto, gamer esporádico e músico (muito) frustrado. Gosta de falar sobre tudo isso em seu tempo livre(ou até mesmo quando não está tão livre...), debatendo questões essenciais para a humanidade como quem vence um crossover entre super- heróis, qual é seu escritor favorito e se um filme foi bem feito.