Justiceiro: Barracuda – Acerto de contas!

Dando sequência à publicação do Justiceiro do selo Marvel Max escrito por Garth Ennis, a Panini lançou o terceiro volume da série, com o nome de Barracuda. Os volumes anteriores da série já foram resenhados por aqui, então dá uma olhada neles caso você queira saber o que aconteceu anteriormente e um pouco do contexto editorial da publicação.

Neste encadernado temos a compilação de três arcos, sendo eles Barracuda, Homem de Pedra e Fazedor de Viúvas. Em Barracuda, acompanhamos o confronto entre Frank Castle e um assassino contratado pela máfia chamado Barracuda, um dos oponentes mais psicóticos que o Justiceiro já enfrentou. Em paralelo temos uma trama na qual um mafioso quer tirar o poder de seu chefe e conquistas tudo que ele tem.

Em Homem de Pedra, Castle finalmente acertará as contas com um de seus grandes inimigos, o general Nikolai Zakharov, em pleno Afeganistão, o país conhecido como “a terra que engole exércitos”. Na trama, Ennis aproveita para fazer, como é frequente nessa série, críticas bastante contundentes sobre a guerra e o papel de grandes nações na desestabilização do Oriente Médio.

Já em Fazedor de Viúvas, Frank Castle será perseguido pelas viúvas dos chefões da máfia que ele assassinou ainda no primeiro volume da série. A luta será bastante intensa, mas ele acabará contando com uma ajuda bastante inesperada.

Garth Ennis novamente demonstra porque esse é provavelmente seu melhor trabalho nos quadrinhos. Além de tramas violentas e repletas de ação, o autor faz críticas muito contundentes sobre a sociedade norte americana, os impactos da guerra e o impacto das ações do Justiceiro na sociedade e em como a população vê as ações de Castle. Ennis sempre deixa muito claro que o personagem não é um herói e que suas ações são muito mais sintomas de um problema do que sua solução.

Os ótimos artistas Leandro Fernández e Goran Parlov marcam mais uma vez presença na série, sendo muito competentes para representar o roteiro de Ennis tanto em suas partes mais violentas quanto nos momentos mais calmos. Dessa vez, eles também são acompanhados por Lan Medina, que também consegue manter o bom nível artístico da série. Ah, é claro, também temos as excepcionais capas de Tim Bradstreet, que são essenciais para mostrar qual é o tom da série.

A publicação da Panini segue o padrão da Linha Marvel Deluxe, em capa dura, papel de ótima qualidade e bom trabalho editorial, com textos introdutórios bastante interessantes sobre a série e o contexto no qual ela foi escrita, elaborados pelo editor Paulo França. A publicação tem um alto valor de capa, mas é um daqueles casos em que vale cada centavo investido.

Justiceiro: Barracuda é mais um salto neste verdadeiro clássico dos quadrinhos, um trabalho que é essencial para qualquer apreciador de quadrinhos.

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Ficha técnica

Editora : Panini
Ano de lançamento: 2019
Páginas: 440
Preço: R$129,00

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Lucas Araújo

Programador, estudante de TI e co-fundador do Justiça Geek. Fanático por quadrinhos, aficionado por filmes e séries, leitor faminto, gamer esporádico e músico (muito) frustrado. Gosta de falar sobre tudo isso em seu tempo livre(ou até mesmo quando não está tão livre...), debatendo questões essenciais para a humanidade como quem vence um crossover entre super- heróis, qual é seu escritor favorito e se um filme foi bem feito.