Papo Rápido – CCXP 2022, Wakanda Para Sempre e a homenagem a Chadwick Boseman, a chegada (e despedida) de The Rock à DC e alguns avisos!

Bem-vindos a mais um Papo Rápido, a coluna na qual falo um pouco sobre coisas que eu tenha lido, ouvido ou assistido nos últimos tempos. Conversas rápidas e reflexões aleatórias sobre obras da cultura pop e às vezes um pouco mais que isso.

A Volta da CCXP!

Bom, já faz um certo tempo que a CCXP 2022 aconteceu (entre os dias 1 e 4 de dezembro) e dessa vez não tivemos a tradicional cobertura por aqui. Como o evento não costuma prestigiar os pequenos produtores de conteúdo com credenciais para cobertura e também porque não tenho tido muito tempo, não me senti motivado a fazer uma cobertura em um texto próprio, mas como estive por lá no sábado dia 3, vou comentar brevemente sobre a minha experiência.

Depois de dois anos em edição digital devido à pandemia, a CCXP voltou com tudo este ano. Como é padrão no evento, vários estúdios e empresas da cultura pop compareceram ao evento com estandes nos quais era possível participar de atividades relacionadas à filmes e série, embora as filas quilométricas tornassem a experiência bem difícil

Como em toda edição, meu foco são os quadrinhos e a área dos artistas, nomeada de Artist Valley. Nela era possível adquirir direto com os autores suas obras, prints autografados e outros itens como imãs,broches, adesivos etc. É sempre legal encontrar seu artista favorito, trocar uma ideia com ele e entender como funciona seu processo criativo. Com relação às atrações internacionais da área, tivemos a presença de lendas como Jim Starlin e Mark Waid (em sua segunda aparição no evento), assim como outros artistas como Tony Harris, Olivier Coipel  e Aimée de Jongh. Havia também, claro, grandes nomes do cenário nacional, como Vitor Cafaggi, Orlandeli, Marcelo Quintanilha, Lourenço Mutarelli, Danilo Beyruth e muitos outros. 

Entretanto, o evento continua apresentando os mesmos problemas de sempre, como comida super cara, uma logística ruim que faz você andar muito até chegar à entrada, superlotação em alguns momentos e o já mencionado desprezo com os pequenos produtores de conteúdo. São problemas crônicos de vários eventos com essa escala, mas que a organização não parece estar disposta a dar qualquer tipo de atenção.

A CCXP é um evento que vale a pena a visita caso você possa arcar com o alto custo dos ingressos, mas que pode começar a gerar um certo tipo de cansaço em quem vai desde a primeira edição, como é o meu caso. De qualquer forma, ainda é uma grande oportunidade para fãs de quadrinhos encontrarem artistas de todo o Brasil e conhecerem novos trabalhos, o que é sempre interessante.

Talvez não tenhamos mais cobertura por aqui de forma muito abrangente, mas sempre comentarei sobre a experiência caso compareça ao evento, mesmo que de forma breve.

Pantera Negra – Wakanda Para Sempre é uma grande homenagem a Chadwick Boseman, mas um filme com alguns problemas

Pantera Negra já saiu há muito tempo e foi amplamente comentado, mas eu ainda não tinha dado meu pitaco por aqui, então acho que vale fazer alguns breves comentários.

A mais recente produção da Marvel possui novamente a direção do ótimo Ryan Coogler e apresenta uma trama que busca homenagear o legado de Chadwick Boseman, ator falecido em 2020, com o personagem, ao mesmo tempo que procura dar os próximos passos na franquia. A trama gira em torno de Shuri (Letitia Wright), a irmã do Pantera Negra, e sua compreensão sobre o legado do herói e sobre assumir seu manto, em meio a uma guerra com Namor (Tenoch Huerta), regente da cidade submersa Talokan. Em meio a lutas e perdas, ela tem que guiar seu povo em um mundo que se mostra cada vez mais hostil com Wakanda.

Coogler é um diretor muito talentoso e sabe apresentar os conflitos e motivações dos personagens, mas achei o filme um pouco longo demais, se tornando cansativo em certos momentos. O filme teve uma produção conturbada e isso fica evidente ao longo da trama, mas no geral o saldo é positivo, com o ponto alto sendo a apresentação de Tenoch Huerta como Namor, uma bela adição ao MCU.

Embora muita gente tenha criticado os rumos que a Marvel está tomando em suas produções, acho que 2022 acabou com saldo positivo para a turma liderada por Kevin Feige. Vamos ver o que o boné vai apresentar no próximo ano.

The Rock prometeu muito com Adão Negro, entregou quase nada e parece que sua história com a DC já acabou

Recentemente, Adão Negro chegou à HBO MAX, mas eu já havia visto o filme enquanto estava em cartaz nos cinemas. Depois de prometer que a hierarquia de poder da DC mudaria para sempre, The Rock apresentou um filme genérico de super-heróis que parece ter sido feito há uns 10 anos e que, embora divertido, nem fede e nem cheira.

O filme toca de forma muito superficial temas políticos como as invasões americanas no oriente médio, mas no geral é apenas um filme de ação mediano que parece com vários outros protagonizados pelo astro ao longo de sua carreira. O curioso é que em sua cena pós créditos o filme promete rumos que não serão concretizados, visto que com as recentes mudanças na Warner e na divisão de filmes da DC, muitos projetos foram cancelados, atores foram dispensados e é provável que o próprio The Rock não continue no papel, visto que os resultados financeiros do filme também não impressionaram.

Se você tiver um tempo livre e quiser ver algo que não precise pensar muito, vale a pena ver nem que seja pelas cenas de ação divertidas.

Alguns avisos importantes

Bom, eu já comentei em outras oportunidades que estou tendo problemas em encontrar tempo para produzir conteúdo aqui no Justiça Geek, visto que o site é apenas um hobby e os problemas da vida adulta estão exigindo muito da minha atenção. Procuro manter o site atualizado ao menos uma vez por semana, embora nem isso eu consiga manter algumas vezes.

Dito isso, preciso avisar que a tradicional lista de melhores quadrinhos lidos no ano só irá ser publicada no ano que vem. Ainda estou lendo algumas coisas que devem entrar na seleção e tentando produzir algumas resenhas. Essa lista é um texto que exige bastante tempo, então ela deve entrar no ar somente em fevereiro de 2023. Caso isso mude irei avisar por aqui.

Importante também lembrar que o site estará em recesso durante o mês de Janeiro e em parte de fevereiro, preciso organizar o planejamento de como funcionará a periodicidade no ano que vem. Quero voltar com algumas colunas como a Recomendação da Semana, 1 autor, 3 obras, entre outras, mas que com minha falta de tempo disponível está um pouco difícil. Espero que a situação fique um pouco mais estável no início do ano que vem.

E chegamos ao fim de mais um Papo Rápido. Há algo que você viu e gostaria de comentar? Sinta- se livre para utilizar a área de comentários, gosto de trocar indicações por lá. Boas festas e feliz 2023!

 

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Lucas Araújo

Programador, estudante de TI e co-fundador do Justiça Geek. Fanático por quadrinhos, aficionado por filmes e séries, leitor faminto, gamer esporádico e músico (muito) frustrado. Gosta de falar sobre tudo isso em seu tempo livre(ou até mesmo quando não está tão livre...), debatendo questões essenciais para a humanidade como quem vence um crossover entre super- heróis, qual é seu escritor favorito e se um filme foi bem feito.