Recomendação da Semana – As Crônicas de Conan Volume 1: A Torre do elefante e outras histórias

Salve Justiceiros!

Bem-vindos a mais uma Recomendação da semana, a coluna na qual recomendamos livros, Hqs, filmes, séries e álbuns que achamos relevantes. E nesta semana, nossa recomendação vem da distante Ciméria, nos tempos da era Hiboriana. Nossa recomendação é o encadernado As Crônicas de Conan Volume 1- A Torre do elefante e outras histórias.

Conan foi criado pelo escritor Robert E. Howard e surgiu na literatura em 1932. O personagem é um dos mais importante do gênero “espada e feitiçaria” (sword and sorcery), e possui um dos universos mais ricos da literatura fantástica, rivalizando com criações de escritores como J.R.R Tolkien e George R.R. Martin.

Mapa de parte do mundo no quai se passam as histórias de Conan.

E quem é Conan, o cimério? Bem, o personagem nasceu numa região chamada Ciméria, filho de um ferreiro, e desde muito jovem se provou um excelente guerreiro e hábil espadachim. Ele já foi ladrão, mercenário, soldado e se tornou Rei com o passar do tempo. É um personagem com uma mitologia muito rica, inclusive já foi adaptado para os cinemas no clássico filme protagonizado por Arnold Schwarzenegger (sim, tive que pesquisar como se escreve rs), que foi por onde conheci o personagem.

Em 1970, devido a uma demanda dos leitores, a Marvel decidiu adaptar o personagem para o quadrinhos e assim lançou a revista Conan, o Bárbaro, cujo as 8 primeiras edições estão contidas neste encadernado. Os roteiros ficaram sob a responsabilidade de Roy Thomas, famoso por escrever diversos outros títulos da editora, como Vingadores, no qual criou Ultron, e Hulk, além de ter assumido o cargo de editor-chefe após Stan Lee assumir um cargo de diretor na Marvel. Thomas adapta alguns contos do criador do Conan, mas em muitas ocasiões cria suas próprias histórias, que são muito boas e agradam quem é fã do personagem ou quem aprecia boas histórias de fantasia.

A arte é de Barry Windsor-Smith, famoso desenhista que você deve conhecer por Arma X, uma das mais importantes histórias do Wolverine. Nestas histórias Smith ainda era um novato e é interessante notar o amadurecimento de sua arte durante as edições. No começo a arte parece simples e meio perdida, mas a partir da 3ª edição é possível perceber todas as características de sua arte que o tornaram famoso. Ele vai detalhando cada vez mais os desenhos e aprimorando sua narrativa para que sua arte se adeque ao clima das histórias.

Quanto às histórias, elas não possuem uma ligação direta, mesmo que as vezes referenciem acontecimentos anteriores, funcionando como histórias fechadas em sua maioria. Como destaque menciono a que dá título ao encadernado, a Torre do elefante, na qual temos a presença de alguns elementos das histórias de H.P. Lovecraft, de quem o criador de Conan era amigo.

A edição da Mythos está muito bonita, em capa dura, papel couchê e com o nome Conan brilhante na capa. Só tenho duas críticas: a primeira é o preço, bastante alto pra uma edição com apenas 180 páginas, que a editora justifica alegando o custo de licenciamento do material e sua tiragem mais baixa comparada a encadernados lançados pela Panini por exemplo (mas você pode encontrar a edição com descontos nas grandes livrarias online). A segunda crítica é quanto a colorização, que não é culpa da Mythos, mas sim da editora Dark Horse, atual detentora dos direitos de publicação do Conan nos EUA. A recolorização digital não combinou com a arte de Smith, porém não é algo que interfira na leitura diretamente.

Enfim, se você também quer conhecer mais sobre o cimério ou se aprecia histórias do tipo espada e feitiçaria, este encadernado é super recomendado. Espero que a Mythos lance o restante da fase com Barry Windsor-Smith (que tem mais 3 encadernados) e prossiga com o lançamento da fase posterior, que é desenhada por John Buscema. Nossa coluna de recomendações volta semana que vem!

Editora : Mythos
Ano de lançamento:2016
Páginas:180
Preço:R$79,90
Onde encontrar: Bancas, livrarias e lojas especializadas

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Lucas Araújo

Programador, estudante de TI e co-fundador do Justiça Geek. Fanático por quadrinhos, aficionado por filmes e séries, leitor faminto, gamer esporádico e músico (muito) frustrado. Gosta de falar sobre tudo isso em seu tempo livre(ou até mesmo quando não está tão livre...), debatendo questões essenciais para a humanidade como quem vence um crossover entre super- heróis, qual é seu escritor favorito e se um filme foi bem feito.